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Polícia

há 7 horas

Um ano depois, Justiça ainda tenta extraditar da Bolívia acusado de matar garagista

Em dezembro, o Poder Judiciário da Bolívia enviou novas informações sobre os trâmites à Justiça Brasileira

O Ministério da Justiça continua os trâmites para extradição de Thiago Gabriel Martins da Silva, "especialista" ou "Thiaguinho do PCC", principal suspeito de arquitetar e participar do assassinato do garagista Carlos Reis de Medeiros, o “Alma”. Novas solicitações foram realizadas em dezembro.

Conforme documentos ao qual o TopMídiaNews teve acesso, em dezembro, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em La Paz, informações sobre o andamento do pedido de extradição de Thiago.

As informações foram disponibilizadas pelo Poder Judiciário da Bolívia, país onde Thiago está preso desde agosto de 2023. Ele foi preso durante uma operação policial para prender os traficantes e também as aeronaves no norte da Bolívia. Durante a captura, Thiago portava munições de fuzil, carregava granadas e estava de colete a prova de balas.

Desde então, o Brasil pede a extradição. O nome de Thiago chegou a ser incluído na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Um ano depois, os trâmites continuam, sem previsão de quando será concluído.

Em janeiro, as informações sobre o andamento do pedido de extradição foram enviadas ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, responsável pelo processo.

O crime

Thiago, vulgo "Especialista" é acusado de ter assassinado "Alma", na manhã do dia 30 de novembro de 2021, em uma garagem na Avenida Gunter Hans, Jardim Centenário, em Campo Grande. Ele, com ajuda de Vitor Hugo de Oliveira Afonso, conhecido como "Primo" teriam esfaqueado e atirado contra o garagista.

Segundo o inquérito policial, "Alma" realizava “negócios” com ambos os denunciados, emprestando dinheiro a eles, bem como mantinha relação de amizade com os dois. No dia do crime, ele teria sido atraído até o estabelecimento de "Especialista" com o pretexto de que receberia o pagamento por um empréstimo que o denunciado havia contraído com a vítima.

No local, depois da saída dos funcionários, permaneceram apenas a vítima, "Primo" e "Especialista", bem como Kelison. Thiago, simulando que saldaria uma dívida com a vítima, teria tirado um montante de dinheiro do bolso e começou a contar as notas na frente de “Alma”, que estava sentado em uma cadeira.

Nesse momento, "Primo" aproximou-se de “Alma” pelas costas e, utilizando-se de uma faca, desferiu golpes na região do pescoço da vítima. Em seguida, Thiago sacou uma arma e efetuou disparos contra a vítima.

Ainda conforme investigação, "Alma" era “sócio” de José Venceslau Alves da Silva, vulgo "Celau", pai de Thiago. Ambos tinham negócios envolvendo agiotagem, tendo eles emprestado grande montante dinheiro a diversas pessoas, dentre elas Ademilson Cramolish Palombo, vulgo "Alemão".

Ocorre que José Venceslau faleceu no ano de 2020, sendo que os empréstimos feitos por ele e pela vítima ainda não haviam sido quitados, razão pela qual o Thiago queria receber o montante que era “por direito” de pai, incluindo a dívida contraída por "Alemão".

Como não houve o pagamento da dívida por "Alemão", Thiago teria passado a arquitetar morte de Ademilson, de forma combinada com "Primo" e "Alma", relata o MPMS. O garagista, porém, teria desistido do intento homicida, passando a se opor ao assassinato.

Assim, diante da desistência da vítima em não matar "Alemão", impossibilitando que "Especialista" recuperasse a “herança” ou se vingasse pelo não recebimento do dinheiro que era do pai, bem como pelo fato de que também devia para a vítima, tendo inclusive bens "penhorados" com "Alma" como forma de garantia de que pagaria o débito, Thiago teria arquitetado a morte da vítima com ajuda de "Primo", que também devia para a vítima e também possuía bem “penhorado” com ela.

Segundo o MPMS, aproveitando-se da amizade com "Alma", Thiago o teria chamado até o local com a desculpa de que pagaria o que devia. Após a vítima ser morta, "Primo" e Kelison acomodaram o corpo no porta-malas de um Chevrolet Corsa Sedan, para que fosse transportado até outro local para ser ocultado, bem como realizaram a limpeza do local.

Posteriormente, "Primo" e "Especialista", a bordo do automóvel Corsa Sedan, transportaram o cadáver de "Alma" até local ainda desconhecido, onde foi ocultado. A vítima até hoje não foi encontrada.

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