Três homens, com idades de 27, 41 e 36 anos, foram presos suspeitos de sequestrar homem de 29 anos em Ribas do Rio Pardo a mando de suposta clínica paulista.
A Polícia Civil destacou que recebeu telefonema anônimo noticiando possível crime de sequestro em um posto de gasolina.
Conforme a denúncia, homens chegaram ao estabelecimento em um veículo HB20, de cor branca e, em dado momento, agrediram a vítima, amarrando-a e jogando-a forçadamente para dentro do automóvel.
Testemunhas ouviram a vítima dizendo: “Socorro. É um sequestro. Chamem a Polícia”. Na sequência, os suspeitos fugiram pela rodovia BR 262, em direção à Cidade de Água Clara.
De imediato, os policiais comunicaram os fatos a outras equipes, tais como Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Delegacia de Água Clara.
Então, uma equipe do SIG de Ribas se deslocou sentido Água Clara no encalço dos suspeitos.
Enquanto isso, a equipe de Água Clara fez o caminho contrário (sentido Ribas), com o objetivo de maximizar as chances de resgatar a vítima e evitar a consumação da fuga dos criminosos.
Um pouco antes do “Posto Mutum”, próximo ao km 180 da rodovia já mencionada, o veículo alvo das buscas foi encontrado por equipe de Água Clara, sendo que, ao tentar o retorno, ia vindo de encontro à equipe de Ribas.
Os suspeitos tentaram escapar, mas sem sucesso, recebendo a abordagem policial.
Na ocasião, os homens foram encaminhados à Delegacia e a vítima teve que ser socorrida às pressas, já que estava inconsciente e bastante lesionada.
Diante da gravidade dos ferimentos, a vítima precisou ser encaminhada para Santa Casa.
A polícia conseguiu descobrir que os suspeitos agiam a mando de uma Clínica de Internação situada no Município de Olímpia/SP.
Eles, supostamente, eram internos da própria clínica e, como detinham bom comportamento, conseguiram várias regalias, inclusive, a possibilidade de contato com o ambiente externo e a atribuição de responsabilidades em nome da instituição, incluindo a remoção e captação de pessoas para a internação no local, geralmente viciados em tóxicos e a pedido da família.
A tarefa dos suspeitos, na hipótese, era efetuar a remoção forçada de um homem de 29 anos para a clínica, sob a autorização de seu genitor.
Essa foi, aliás, a versão dos homens autuados.
Os suspeitos usaram imobilizações, mata-leão, sedativos e outros artifícios violentos no sequestro. Esse, segundo eles, era o “procedimento padrão”.
A vítima, quando buscada na origem (Campo Grande), provavelmente estava dopada e foi levada até Ribas do Rio Pardo, momento em que os suspeitos teriam parado o veículo para abastecimento em um posto de combustível.
No local, a vítima acordou e pediu socorro.
Diante dos fatos, os três suspeitos encontram-se à disposição da Justiça e deverão passar por audiência de custódia. Até as últimas informações do hospital, a vítima ainda não tinha recobrado a consciência.