Mardochée Borgelin, de 35 anos, haitiano que foi espancado até a morte na noite desta quarta-feira (9), no Mata do Jacinto, em Campo Grande, teve rosto desfigurado devido à violência sofrida. Segundo a polícia, corpo apresentava fraturas severas na cabeça e afundamento da face. Ele teria sido espancado por um grupo de 6 a 10 pessoas.

De acordo com testemunhas, a vítima reside em uma vila de casas, na Rua Antônio Rahe, onde o fato ocorreu. Mardochée este esteve transtornado durante todo o dia, apresentando agressividade com os vizinhos, inclusive teria causado importunação na Ceasa, tanto que seguranças precisaram colocá-lo para fora do local.

Já na parte da tarde, a vítima teria se envolvido em uma confusão com frequentadores de um bar na esquina de onde mora. Ele chegou a ser agredido por alguns frequentadores e foi ferido na cabeça com um instrumento não identificado, relata o boletim de ocorrência.

A Polícia Militar foi acionada e esteve no local, mas não houve condução à delegacia, pois na ocasião a vítima não soube informar a autoria e também não tinha interesse em representar criminalmente, entretanto, a GU que lá esteve o instruiu a não mais voltar no referido bar e não perturbar mais seus vizinhos.

Após a saída da polícia do local, foi novamente acionada aproximadamente 20 minutos depois, para retornar ao local, pois alguns dos frequentadores do bar teriam invadido a vila de casas e passaram a espancar Mardochée. Segundo uma testemunha, ao retornarem ao local, os policiais já encontraram a vítima do lado de fora do condomínio, morto.

Mardochée apresentava fraturas severas na cabeça com afundamento da face. Segundo o registro policial, ele teria sido espancado por um grupo de 6 a 10 pessoas.

Conforme relatos, um dos agressores utilizou uma barra de ferro para espancar Mardochée. Foram também utilizados pedaços de madeira e pedras nas agressões.

Os policiais realizaram diligências na região, conseguindo encontrar dois suspeitos que apresentavam sangue nas roupas. Após breve entrevista, ambos disseram que estavam no local e negaram participação nas agressões à vítima, entretanto foram reconhecidos pelas testemunhas.

Eles foram presos e encaminhados para a delegacia de polícia para esclarecimento dos fatos. A Polícia Civil e perícia criminal foram acionadas e estiveram presentes.