Pelo menos duas testemunhas do acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, tentaram impedir o estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge de abandonar o local do acidente. No entanto, ele teria afirmado que seguia instruções do pai e “não podia ser envolvido em acidente de novo”.
Ele pagou fiança de R$ 50 mil e aguarda, neste momento, ser solto.
Segundo os depoimentos prestados à polícia, João Pedro conduzia a caminhonete Nissan Frontier de maneira agressiva, em alta velocidade e fazendo ultrapassagens perigosas, escapando de outros dois acidentes “por pouco”. Por causa disso, ele teria perdido o controle do veículo, chegando a subir em um canteiro antes da colisão com o carro de Carolina.
As testemunhas ainda afirmam que a vítima fatal teria furado o sinal vermelho, porém estava em baixa velocidade. No entanto, como João Pedro estava correndo muito, o veículo Fox foi arrastado por cerca de 100 metros do local da batida. O motorista ainda estava com sinais de embriaguez, com fala arrastada e caminhar cambaleante.
O filho de Carolina, de quatro anos, ocupava a cadeirinha no banco de trás do Fox e sofreu fratura na clavícula. No entanto, não corre risco de morte. O delegado que investiga o caso, Enilton Zalla, considerou um 'milagre' ele ter sobrevivido. João Pedro chegou a ser preso após se apresentar voluntariamente, mas foi liberado neste domingo (6), após pagar fiança no valor de 54 salários mínimos, ou cerca de R$ 50 mil.