Um assassinato ocorreu na tarde desta segunda-feira (8) no cinema do Shopping Avenida Center de Dourados e testemunhas se mostraram perplexas diante de tamanha violência. O Dourados News conversou com algumas pessoas que estavam na sala 1, do shopping, local que o fato ocorreu, e constatou susto e medo.
O filme “Homem Aranha Longe de Casa” havia atraído muitas pessoas ao cinema, nesta tarde, e entre essas estava Adriano Morais, 33, acompanhado da esposa de 31 anos, e do filho de cinco anos e um primo de 11 anos. Ele relatou que o filme havia começado há poucos minutos e ouviu-se uma discussão na sala e posteriormente um “estouro”.
“Eu estava três fileiras para trás do ocorrido, meu filho começou a ficar desesperado, no primeiro momento pensei que fosse uma “bombinha”, mas quando olhei vi o autor [do disparo] e o corpo já no chão e já começou o desespero de todo mundo”, contou. Adriano disse que o primeiro impulso ao perceber o fato, foi proteger as crianças.
“Meu filho se assustou muito com o ‘corre corre’ do pessoal lá dentro e o primo também. Me abaixei e tentei ‘tirar’ eles para baixo de mim e depois ir para saída. Esperei um pouco pois tinham pessoas mais assustadas que eu, tive medo ‘de um passar por cima do outro’, mas em poucos minutos todos saíram e ninguém mais se feriu”, apontou.
Ele disse que mora com a família em Ivinhema e veio passar um dia de férias diferenciado com a família em Dourados. Ainda assustado, Adriano disse que temeu “mais pelo filho” e aponta medidas de segurança que acredita que contribuiriam para evitar ocorridos como o desta segunda-feira em um ambiente que deveria ser familiar.
“Acho que ficou claro, que falta segurança. Talvez porta de metal, uma busca cuidadosa por parte dos seguranças, evitaria isso. Era um filme de criança, meu filho estava doido para assistir, a gente entrou e aconteceu isso. Era para ser um bom momento de férias juntos e foi um grande um susto, em especial por causa do meu filho!”, apontou ao complementar que apesar do ocorrido, a família entende que foi uma fatalidade e não deixará de frequentar Dourados.
O estudante Nicolas, 16, assistia o filme na companhia da namorada, também de 16 anos, quando ouviu uma briga e o disparo de arma de fogo. “Tinha ocorrido a abertura e algumas falas do filme, quando começou a ocorrer uma discussão. Eu ignorei, pensei é ‘só uma discussão no cinema’, quando de repente ouvi um ‘estouro’ que aparentemente era disparo de arma de fogo e então nos abaixamos depressa e saímos da sala”, aponta.
O estudante disse que apesar dele e namorada terem ficado bastante assustados com o fato, tentaram manter o controle e sair da sala o mais rápido possível. “Demorou alguns segundos até as pessoas entenderem o que estava acontecendo, aí quando entenderam todo mundo quis correr! Foi assustador, mas infelizmente acontece!”, afirmou.
O caso
O bioquímico foi assassinado no cinema na tarde desta segunda-feira. Ele e o policial militar que está preso pelo crime, teriam se desentendido por causa de uma cadeira.
Em seguida o policial efetuou o disparo que pegou no peito do homem. Várias crianças estavam na sala e viram toda a ação. Houve tumulto na tentativa de saída do espaço.