Carlos Fernando Soares, acusado de assassinar Márcia Catarina Lugo Ortiz, 57 anos, com um tiro na cabeça ‘zombou’ da Polícia Civil, pedindo escolta policial para prestar depoimento.
De acordo com o delegado João Reis Belo, da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Carlos disse para a filha da vítima, que estava no momento do crime e que
Marcia teria tentando o defender de um agiota, identificado apenas pelo nome de China.
“Fizemos contato com ele, para que ele viesse prestar depoimento e ele nunca vinha. Depois, ele pediu escolta, falou que estava sendo ameaçado de morte pelo China, e que o agiota também ameaçou a mãe dele e a irmã. Mandamos escolta no local e ele nem em Campo Grande estava. Ele quis fazer a polícia de besta”, disse o delegado.
Segundo as investigações, após a morte de Marcia, Carlos deixou a cidade.
“Ele era tão amigo dela, que se intitulava sobrinho e não foi no velório, não foi no sepultamento. Então que amizade é essa, que no dia da morte, ele já foi para outra cidade. Ele trocou de carro com o namorado, foi para Jardim primeiro, ficou dois dias, voltou, depois foi para Bela Vista do Norte, no Paraguai. Depois ele veio de ônibus de Ponta Porã para
Dourados e teria como destino final Campo Grande”, explica Reis.
Ao tomar conhecimento de que o agiota foi preso, Carlos desceu do ônibus antes de ser preso pela polícia. Ele estava com mandado de prisão provisória decretado.
“Ele desceu antes. No depoimento, ele disse que estava com medo do China, mas ele desceu do ônibus quando soube da prisão. Tem coisas que ele fala que não bate. Ele matou a Marcia para pegar o dinheiro da vítima”, disse o delegado.
Segundo as investigações, Marcia e a mãe, teriam recebido R$ 300 mil devido a morte do pai de Marcia.
“Ele tinha a senha dos cartões, tanto da Marcia, quanto da Mãe da Marcia. Sobre as contas da mãe, poucos dias antes da morte, ele fez várias transferências por pix para a conta dele. Um total de mais de R$ 104 mil de transferência. Depois, ele transferiu mais de R$ 120 mil da conta da Marcia. Não satisfeito, ele zerou a conta e ainda comprou mais R$ 8 mil em roupas para ele e para mãe dele, deixando a conta negativa”, diz o delegado.