Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, suspeito de ter abusado até a morte Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, que está desaparecido desde o dia 25 de junho, pagava de R$ 5 a R$ 15 para manter relações sexuais com crianças e adolescentes. É o que diz o adolescente de 14 anos, também apreendido pelo crime.
Conforme o depoimento do menor a uma psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), era rotineiro o contato do grupo de crianças, incluido Kauan, com o suspeito. De acordo com o menino, Deivid sempre contratava ele, Kauan e mais um menor para carpir o quintal da residência onde morava, no bairro Coophavilla II.
O menor também revelou que, nesses encontros, eles chegavam a receber de R$ 5 a R$ 15 para manter relações sexuais com o suspeito. Geralmente, o valor pago dava 'direito' a sexo oral e masturbação, mas também teve ocasiões que houve penetração.
Segundo o relato do menino, na noite do dia 25 de junho, última vez que Kauan foi visto, eles foram na casa do suspeito. Além do sexo oral, o menor relatou que nesse dia também manteve relação sexual com Deivid. Ele também detalhou que eles também penetravam no suspeito.
Outro menor, que também foi ouvido na delegacia, confirmou as informações dadas pelo amigo e disse que o também manteve relação com Deivid. Conforme o relato, ele e Kauan receberam e fizeram sexo oral no 'professor', como era conhecido, e depois houve penetração nos dois.
Um terceiro menor ouvido não confirmou a prática de atos sexuais, mas confirmou que já havia assistido vídeos pornográficos na casa do suspeito.
Suspeito segue preso
Apesar de ter a liberdade decretada pelo juiz de direito Roberto Ferreira Filho, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Deivid continuará preso em uma das celas da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf).
Conforme o delegado Paulo Sério Lauretto, da DPCA, Devid foi liberado no processo referente ao armazenamento de materiais pornográficos, mas continua preso por causa da suspeita de participação na morte de Kauan.