A Justiça paraguaia liberou um dos suspeitos de ter assassinado o engenheiro brasileiro, Elói Brussamerello, de 65 anos. A recente liberação do principal suspeito gerou indignação entre familiares e amigos, que buscam respostas sobre a decisão.
O corpo do engenheiro foi encontrado enterrado na manhã desta sexta-feira (21), na zona rural da cidade de Cerro Corá. Ele estava desaparecido desde a manhã da última quarta-feira (19), quando saiu para ir até uma propriedade rural que ele arrendava do lado paraguaio da fronteira.
Os irmãos João Padilha, vulgo ‘João Mentira’, e Joelson Padilha Pedroso, foram apontados como suspeitos de cometerem o crime.
Ao ver que estava sendo procurado, João Mentira se apresentou ao Ministério Público do Paraguai, acompanhado de dois advogados, onde prestou depoimento. No entanto, o promotor do caso não encontrou elementos suficientes para solicitar sua prisão, resultando na liberação do investigado.
Segundo o Ponta Porã News, João Mentira era sócio de Elói em um arrendamento e foi a última pessoa a ser vista com ele antes do desaparecimento na manhã de quarta-feira (19). Depois, ele foi visto em uma barreira policial na rodovia PY 05, na região de Chiriguelo a caminho de Pedro Juan Caballero, com a caminhonete do agrônomo e horas depois o veículo foi encontrado incendiado.
Uma testemunha disse que emprestou uma pá para os suspeitos que alegaram que a caminhonete deles havia atolado. A ferramenta teria sido usada para abrir a cova onde Elói foi enterrado. Conforme a perícia, a vítima foi executada com quatro tiros de pistola e um tiro de espingarda calibre 12 na região do tórax.
Desde que a notícia do desaparecimento de Elói se espalhou, diversas versões começaram a circular, especialmente a de que ele poderia ter sido assassinado. Essa hipótese ganhou força após a descoberta da caminhonete do engenheiro, que foi encontrada incinerada, levantando ainda mais questionamentos sobre as circunstâncias de seu desaparecimento.
Os amigos e familiares de Elói estão determinados a entender por que a autoridade local decidiu liberar o principal suspeito, considerando as evidências e os relatos que surgiram até agora. A busca por justiça e esclarecimento continua, enquanto eles pressionam as autoridades para que o crime seja elucidado, quanto antes.
“Todas as evidências levantadas pela polícia nacional foram repassadas a esse fiscal, que simplesmente ou o principal acusado, e o liberou, e agora?”, questionou um amigo da família, que preferiu não se identificar.