O suplente de vereador de Campo Grande, Ronaldo Cardoso, conhecido como Ronaldo da Cab (Podemos), foi preso no Rio Grande do Norte durante a operação Chiusura, deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.
Ronaldo disputou uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições de 2024, conseguindo 1.163 votos, mas não chegou a ser eleito. Em novembro de 2023, ele já havia sido destaque no TopMídiaNews após desaparecer sem dar notícias à família.
A prisão de Ronaldo faz parte de uma investigação mais ampla que envolve diversos mandados expedidos pela Justiça. Segundo investigações, ele seria familiar de Thiago Gabriel Martins da Silva, de 34 anos, o "Thiaguinho do PCC" ou "Especialista".
A Polícia Federal aponta que a organização criminosa investigada movimentava grandes quantias em dinheiro de forma ilícita, utilizando empresas de fachada para mascarar a origem dos recursos.
A operação Chiusura ocorreu em diversos estados, incluindo Mato Grosso do Sul, e contou com o apoio de diferentes forças policiais. As investigações identificaram uma estrutura criminosa altamente sofisticada e organizada, dividida em núcleos que operavam de forma coordenada no Distrito federal, Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e regiões do Nordeste.
A rede adquiria drogas em áreas fronteiriças, assegurava o transporte seguro dos entorpecentes e distribuía as drogas no DF e em outros estados, além de realizar complexas operações de lavagem financeira, explica a polícia.
'Especialista' encontra-se preso na Bolívia desde o ano de 2023, ocasião em que foi capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína. Ele também está envolvido na morte do garagista 'Alma", ocorrido em novembro de 2021.
Segundo a PF, a estrutura criminosa integrada por Ronaldo Cardoso e outros investigados é informalmente referida por integrantes de outros núcleos como pertencente ao “Núcleo SINALOA”, numa alusão à facção criminosa mexicana.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a apuração dos crimes relacionados ao esquema.