Sindicato que representa agentes penitenciários cobrou, por meio de ofício, reforço na segurança dos presídios nesta virada de ano em Mato Grosso do Sul. O temor é por rebeliões e outras ações criminosas vindas do PCC. O governo diz que monitora os informes e está preparado para qualquer ocorrência.
Conforme André Santiago, que preside o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS, um policial rodoviário federal teria recebido uma ligação anônima que falava sobre a possibilidade de uma grande rebelião no presídio de Dourados.
Ainda conforme o dirigente, o PRF repassou a informação para uma delegacia de polícia, dando conta que presos estariam com armas artesanais prontas. No registro do policial rodoviário, há a reprodução da fala da denunciante que diz:
''...vão destruir tudo lá [PED], meu parente está com medo''. No documento consta também pedido para que todas as forças policiais fiquem cientes e alerta para os agentes penitenciários na condução dos trabalhos.
Denúncia feita à PRF é registrada em delegacia. (Foto: Reprodução WhatsApp)
Para o Sinsap, também existem informações extraoficiais que apontam para uma rebelião simultânea em presídios paulistas e sul-mato-grossenses, bem como um acerto de contas entre membros da facção paulista.
O temor do sindicato faz sentido, já que, segundo a Agência Estadual de Administração Penitenciária, a Agepen, no início da noite desse sábado (29), agentes penitenciários descobriram uma tentativa de fuga no presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande.
Ao TopMídiaNews, a Agepen disse que os servidores fizeram um ''bate-grades'', onde foram constatadas grades serradas na cela 1 do Pavilhão 1 Galeria A. Também foram achadas escadas artesanais feitas pelos detentos. Segundo a agência, a cela foi isolada e todos os internos foram alojados em celas disciplinares para as devidas apurações.
Ao TopMídiaNews, o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, confirmou o recebimento do ofício por parte do Sinsap. Ele também concordou que houve uma denúncia feita à PRF e que ''todos os informes são monitorados''.
Videira destacou que todas as forças policiais de MS, como o Batalhão de Choque, Batalhão de Polícias e Operações Especiais, o Bope, além de departamentos internos da própria Sejusp estão em alerta para qualquer tipo de ocorrência.
''Temos mais de 150 agentes envolvidos e monitorando as informações'', completou o secretário.