O servidor público, de 46 anos, acusado de matar o ex-cunhado Carlos Eduardo Filo, de 40 anos, a golpes de facão, confessou o crime durante interrogatório ao delegado Diego Henrique Rosa da Silva. O crime aconteceu na noite de domingo (13), em Angélica, quando a vítima foi defender a irmã, ex-esposa do autor.
Segundo a polícia, o servidor confessou o homicídio de forma espontânea, afirmando que pegou o facão que estava no carro apenas para se defender das agressões do ex-cunhado.
A ex do autor, de 48 anos, também foi ouvida na delegacia e contou que foi casada com o homem por aproximadamente 18 anos, sendo que o casal teve duas filhas, de 11 e 17 anos. Ambos estão separados desde setembro de 2023, porém, ela saiu efetivamente de casa em janeiro deste ano.
Ela também relatou que já registrou boletim de ocorrência contra o ex e solicitou medidas protetivas, mas retirou a pedido, pois o mesmo iria se candidatar a vereador em Angélica.
No dia dos fatos, o servidor ligou para ela e lhe contou sobre uma briga que teve com um homem. Em seguida, ele foi até a casa da mulher e queria adentrar o imóvel, momento em que ela colocou um sofá em frente a porta para impedir. Mesmo assim, ele começou a bater e chutar a porta e uma das filhas chegou ao local, gritando e pedindo que ele fosse embora.
Apesar do pedido da filha, o homem foi para o fundo do imóvel e passou a chutar a porta, segundo o depoimento da mulher na delegacia. Logo, o irmão dela chegou ao local e tentou acalmar o ex-cunhado. Porém, o servidor público estava alterado e ambos brigaram, quando o rapaz foi mordido no dedo e nariz e a briga contida pelos vizinhos.
Após as agressões, o servidor foi embora. No entanto, Carlos soube dos fatos e se deslocou do assentamento onde reside até a cidade, quando encontrou o ex-cunhado em uma lanchonete e ambos começaram a brigar, momento em que a vítima foi atingida com golpes de facão.
A mulher disse ainda, em depoimento, que o homem teria falado recentemente que iria matar alguém e tirar a própria vida. Porém, ela relatou na delegacia que o servidor tinha um bom relacionamento com seus familiares e, inclusive, ele e Carlos eram amigos, pois haviam almoçado juntos na casa de seus pais.
Ao fim do depoimento, a vítima pediu medidas protetivas de urgência contra o ex-marido. O servidor permanece preso por homicídio simples, lesão corporal dolosa e ameaça, no âmbito da violência doméstica. O delegado também pediu pela prisão preventiva dele.