A carnavalesca Camila Ferreira, mulher trans de 54 anos, vítima de sequestro e estupro em Campo Grande, ainda segue sem previsão de alta.
Ao TopMídiaNews, a advogada dela, Adriane Cardoso, destacou que Camila está bem debilitada e segue internada no Hospital Universitário.
“Ela está internada, estado é de muito cuidado, inclusive conversei com o rapaz que cuida dela, ele citou possível contratação de uma enfermeira para acompanhá-la em tudo”, revela.
A advogada reforça que ainda não tem previsão de Camila ter alta.
Sobre as investigações, a advogada destacou que o caso está em segredo de justiça, mas acredita nas forças policiais para que tudo seja resolvido o mais breve possível.
ENTENDA
Conforme apurado pela polícia, Camila foi sequestrada por dois homens, na Vila Sobrinho, e levada para um imóvel no dia 18 de junho.
Lá, ela sofreu agressões, injúria racial e foi obrigada a ter relações sexuais com um cachorro.
Depois da sessão de horrores, a vítima foi jogada na rua e os suspeitos fugiram. Ela foi hospitalizada em razão das várias agressões que sofreu.
A Delegacia de Atendimento à Mulher investiga o caso e uma das linhas de apuração é que o crime tenha sido motivado por ódio em razão da identidade de gênero da vítima.
A polícia preferiu não dar detalhes para não prejudicar as investigações.
APOIO
A família e amigos de carnavalesca Camila Ferreira organizaram uma carreta no dia 2 de julho.
No vídeo divulgado no Facebook, sobrinha da vítima reforçou que a carreata era por justiça, mais amor e menos ódio.
“Não é só uma manifestação de justiça pela Camila, manifestação de justiça, paz e união. Camila foi vítima de crime de ódio, a gente não quer que gere mais ódio e segregação. Queremos que um ato de ódio se transforme em milhões de casos de amor, que é o que está acontecendo. Estamos recebendo muito apoio”.