Um dos maiores traficantes de drogas, Jarvis Chimenes Pavão foi extraditado do Paraguai para o Brasil nesta quinta-feira (28). Pavão aguarda uma sentença de quase duas décadas por crimes relacionados ao tráfico de drogas, ele é requerido pelo Tribunal Penal de Camboriú, em Santa Catarina, e deve cumprir pena de 17 anos e oito meses no país. Em 2016, o traficante chegou a ser absolvido pelo juiz federal aposentado Odilon de Oliveira por outros processos.
Segundo o site ABC Color, as sirenes romperam o silêncio no bairro de Obrero, em Assunção, no Paraguai. As forças de ordem implantaram uma megaoperação para transferir o traficante de drogas do Agrupamento Especializado, onde a sentença terminou após oito anos, e um avião brasileiro o trouxe para o país.
Devido ao perigo dos grupos que comandou, e ainda mais de seus inimigos, Jarvis foi transportado de helicóptero para o aeroporto, mas três caravanas também distraíam a atenção para simular serem tomadas por terra.
Vestido com um colete à prova de balas, um capacete e fortemente escoltado: assim passou os últimos momentos no Paraguai depois de ter terminado na terça-feira passada sua sentença de oito anos por lavagem de dinheiro, associação criminosa e violação da lei de armas.
O avião aterrissou por volta das 7h15 no Grupo Aerotactico e foi entregue após 8h20 para policiais brasileiros, que devem levar Pavão em um avião da Polícia Federal para seu novo centro de detenção, em Santa Catarina. A extradição, depois de muita controvérsia, finalmente se tornou efetiva.
"Cumprimos nossa missão constitucional de proteger a vida", exclamou o Comandante da Polícia Luis Carlos Rojas. Ele disse que, para cumprir a extradição, as medidas de segurança extremas deveriam ser tomadas, a fim de evitar efeitos colaterais.
Por sua parte, o ministro do Interior, Lorenzo Lezcano, destacou o desempenho da Polícia Nacional e sua operação preventiva, que foi posta em prática durante os últimos três meses da permanência do narcotraficante no Paraguai.
Advogados brasileiros acompanharam a operação e disseram ele será encaminhado para uma prisão federal, mas que não sabiam quais dos quatro presídios disponíveis no Brasil seria transferido. Jarvis é natural de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.