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Polícia

25/06/2018 07:00

‘Se fosse filho de empresário, o corpo já teria sido encontrado’, diz mãe de Kauan

Um ano após Kauan ser brutalmente assassinado, a mãe do garoto ainda espera um dia conseguir enterrar o filho

‘Não sou a favor da pena de morte, mas quero que ele pague na mesma moeda. Queria poder enterrar meu filho. A demora é tão grande que começo a pensar que é porque somos pobres, pois se a gente tivesse uma família rica, tudo seria diferente’. Este foi o desabafo de Janete dos Santos, 36, mãe do menino Kauan Andrade Soares dos Santos,9, que morreu após ser estuprado e ter seu corpo esquartejado por Deivid de Almeida Lopes, 38. Um ano depois da morte do garoto, o cadáver da vítima de tamanha brutalidade ainda não foi encontrado.

(Kauan foi brutalmente assassinado)

“Todos os dias é um sofrimento e ainda não conseguimos aceitar. Não sou a favor da pena de morte, mas queria que ele –Deivid- pagasse na mesma moeda. Meu filho sofreu demais. Imagina, ser estuprado até a morte. Não consegui enterrar meu menino e quero que ele pague, pois não gostaria que outra mãe sofresse o que eu sofri e ainda sofro”, disse a mãe muito abalada.

Mãe de nove filhos, agora, Janete vive com sete crianças em sua casa, já que alguns são casados. Todos vivendo em uma situação muito precária, ela ressalta que por não ter o atestado de óbito de Kauan a mãe acabou perdendo benefícios do governo que ajudavam na alimentação dos outros pequenos.

“Precisava apresentar o atestado de óbito do Kauan, mas como o corpo dele não foi encontrado, ainda não consegui o documento. Com isso, acabei perdendo o Bolsa Família dos meus outros filhos também’’, lamentou.

Sem poder trabalhar por recentemente dar à luz a menina Alana, que tem apenas um mês de vida, Janete se vira como pode para conseguir o pão de cada dia para os filhos. “Não tenho nem como fazer um ‘bico’, por enquanto, estamos vivendo de doações e de algumas pensões que as crianças recebem dos pais”, ressaltou.

Um ano após passar pelo momento mais difícil de sua vida, Janete acrescenta que quer Justiça pela morte de Kauan. “Não quero que ele fique impune, não quero que a morte do meu filho seja só mais uma nas estatísticas”. Não sei se é certo dizer, mas quero que ele- Deivid- apodreça na cadeia e não faça mais nada de ruim neste mundo’’.

(Deivid teria estuprado e assassinado Kauan)

Janete disse que chegou a ficar frente a frente com o assassino e perguntou o motivo dele ter feito tamanha brutalidade com seu filho, ele como sempre, nega ter cometido o crime, mesmo com a polícia e testemunhas apontando o contrário do que ele diz.

“Ele estava algemado e foi quando perguntei o motivo e ainda o lembrei que ele também tem filho. Sem me olhar nos olhos, ele continuou negando ter matado o Kauan, foi quando falei que ele não era um ser humano e sim um monstro em forma de gente’’.

Caso

O menino Kauan desapareceu no dia 25 de junho do ano passado e foi visto pela última vez no Bairro Coophavilla II, onde Deivid morava. Conforme informações da polícia, o suspeito pagava para ter relações sexuais com crianças e adolescentes, abusando da humildade das vítimas, ele estuprava menores extremamente pobres.  

(Janete durante as buscas do filho)

 

Buscas

O Corpo de Bombeiros trabalhou vários dias para encontrar os restos mortais de Kauan, mas até hoje, um ano após o crime, ainda nada foi localizado.

(Militares a procura do cadáver do garoto)

Assassino

Conforme Alessandro Farias, advogado de Deivid, seu cliente ainda está preso no Instituto Penal de Campo Grande, mas mesmo após tanto tempo, Deivid não assume a autoria do assassinato. "Ele ainda está detido e nada mudou. Ele diz que não cometeu o crime e dentro de aproximadamente 60 dias o caso deve ser sentenciado", adiantou. 


(Residência de Deivid, local onde os estupros aconteciam)

 

 

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