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Polícia

08/09/2021 10:25

Sargento espanca mulher e filho de 11 anos em briga por R$ 50

A mulher conseguiu fugir e pediu socorro para a PM

Sargento aposentado da Polícia Militar de 55 anos foi preso, na noite desta terça-feira (7), suspeito de agredir a esposa e o filho de 11 anos em uma discussão por R$ 50. O caso aconteceu no bairro Tiradentes, em Campo Grande, e foi registrado na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Segundo a delegada Joilce Ramos, a vítima, de 41 anos, disse que o esposo passou o dia bebendo e pediu R$ 50 ao chegar em casa. Como a mulher negou, ele teria investido contra o filho com socos, tapas e tentativa de enforcamento. A mãe tentou impediu e também apanhou.

O sargento teria colocado uma faca no pescoço da vítima, fazendo ameaças de morte. A mulher conseguiu fugir e pediu socorro para a PM. Um oficial de área foi chamado para auxiliar na ocorrência e o autor foi preso em flagrante.

Durante depoimento na delegacia, o sargento aposentado negou as acusações. As vítimas, no entanto, apresentavam várias escoriações. "“Nesse caso específico, apesar dele ter negado, as marcas no corpo das vítimas indicaram que houve a violência”, diz Joice.

O autor foi encaminhado para o presídio militar e a vítima pediu medida protetiva.

A esposa também informou que o casal possui uma arma de fogo, que está na casa do irmão do aposentado. A delegada aproveitou para fazer um alerta de que não há protecionismo dentro da polícia em Mato Grosso do Sul.

"O homem que tem uma arma dentro de casa tem forma de coagir ainda mais a mulher. Recebi várias vítimas que vinham sofrendo violência, mas tinham medo de denunciar porque achavam que iam ligar para o 190 e não iam receber atendimento. Mas isso não acontece. A polícia vai atender. Não há protecionismo", reforçou Joilce.

Questionada sobre a possibilidade de homens armados serem mais agressivos, a delegada destacou que o crime é comum em toda a sociedade, mas as vítimas desses casos costumam ter mais medo de procurar ajuda.

"Infelizmente em todas as profissões, em todas as áreas, temos casos de violência doméstica. No entanto, as esposas de homem armado costumam ficar mais inibidas de denunciar", explicou.

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