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E O TESTE ALÉRGICO?

há 15 horas

Revoltada, mãe diz que superdose de morfina quase matou bebê na Santa Casa

Relato diz que ela mesma correu para criança ser reanimada

Mãe de uma bebê de 1 ano e 11 meses denuncia que a filha quase morreu ao receber uma dosagem de morfina, na quarta-feira (18), na Santa Casa, em Campo Grande. A mulher, de 24 anos, diz que ela mesmo precisou se virar para buscar socorro para a pequena, mesmo dentro do hospital. 

Segundo a denúncia, a mãe diz que a bebê caiu em casa e quebrou o fêmur. Passou primeiro pelo CRS Tiradentes e foi transferida para a Santa Casa. Ela destaca que houve demora de cerca de três horas para o hospital imobilizar a perninha da menina. 

Ainda segundo a jovem, os momentos de desespero ocorreram quando uma enfermeira teria aplicado uma dose ou superdose de morfina para tirar a dor da paciente, horas antes da cirurgia. 

''A moça veio com a seringa grossa e eu perguntei o que era... ela disse que era morfina. Aí eu perguntei se ela podia tomar isso e a enfermeira respondeu que estava prescrito'', desabafou a jovem mãe. 

A testemunha conta que a profissional aplicou tudo de uma vez e ainda jogou água por cima.  Nas palavras da mãe, a pequena começou a inchar o rosto inteiro e a garganta "trancou"’. Ela pegou a filha, junto com o suporte do acesso, e saiu pela unidade gritando por socorro. 

''Ela [enfermeira] ficou me olhando sem fazer nada. A sorte que uma médica tinha ido lá naquele andar pegar umas coisas e salvou minha filha'', comentou a jovem.

Foi detalhado também que a pequena ficou uns dez segundos sem batimento cardíaco. ''Ela quase morreu. Vi o aparelho ir desligando... tiveram de reanimar ela'', lembrou a denunciante sobre o desespero do momento.

Ela disse que passou mal durante o ocorrido e a mãe dela – avó da criança - foi impedida de lhe dar assistência. ''Teve que fazer um escândalo para subir e ficar comigo'', diz a jovem.

A avó teria ouvido no hospital que o problema teria sido a quantidade de morfina aplicada na neta. 

Dipirona

A versão da mãe traz ainda que, uma hora depois, ela foi pegar água e, ao voltar, percebeu que tinham aplicado dipirona, mesmo com a presença da morfina no corpo dela. Isso teria gerado mais uma reação.  

''Minha filha estava com a garganta trancada, gritando... Desceram ela para a Ala Vermelha. Está com a garganta toda acabada... boquinha machucada'', lamentou a testemunha. 

Santa Casa

Confira a nota do hospital:

A Santa Casa de Campo Grande esclarece que, em relação ao atendimento da paciente, a médica foi prontamente acionada pela equipe de enfermagem, e todos os procedimentos adequados ao tratamento da anafilaxia foram realizados. A paciente foi transferida para a Área Vermelha para maior vigilância do quadro clínico. Ressaltamos que não houve parada cardíaca e a paciente manteve-se estável.

Sobre a questão do fêmur, esclarecemos que o hospital, por rotina e em conformidade com as exigências legais, aciona o conselho tutelar para avaliar a criança. Esta prática é necessária especialmente em casos de fraturas de fêmur, que não são comuns em crianças de um ano e 11 meses. Tal medida visa garantir a maior segurança da criança, e o hospital realiza essa ação de forma rotineira.

Ademais, em relação ao teste de alergia, não há recomendação de teste para o risco de reações anafiláticas, especialmente pelo fato de ser algo, em geral, raro. O procedimento consiste em perguntar sobre o uso de medicações anteriores e possíveis reações prévias. Tal procedimento é padrão em todos os hospitais e demais unidades de saúde.

* Matéria alterada às 12h11 para acréscimo da posição do hospital

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