Agente penitenciário da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) foi transferido do local onde cumpria expediente, segundo suspeita ele, por ter denunciado suposto esquema que envolvia presos e servidores num eventual esquema de prestação de serviços dentro da prisão. Encarcerados estariam sendo ocupados como se fossem mecânicos de agentes penitenciários da maior cadeia de Mato Grosso do Sul, a PED.
Comunicados internos, os quais o TopMídiaNews teve acesso, indicam que Thomas Silva Portugal, agente penitenciário da área de segurança e custódia da PED foi removido “por motivo operacional, em decorrência dos fatos mencionados para preservá-lo até a apuração dos fatos”.
Portugal foi transferido para trabalhar no presídio para condenados que cumprem pena no regime semiaberto de Dourados. Ele gravou pelo celular a entrada e saída de carro dentro do pátio do PED.
Na cena, divulgada em primeira mão pelo TopMídiaNews, é possível ver um servidor da penitenciária consertando um veículo de um dos agentes.
Pelas imagens, nota-se o servidor, que seria Jackson Bendassoli, administrador do cárcere, cargo de chefia, entrando no estabelecimento e um detento fazendo o restauro numa carreta pequena fabricada para transportar motocicletas. O administrador não foi transferido.
A reportagem entrevistou depois o diretor do presídio, Manoel Machado, que disse ser “normal” o episódio gravado por Thomas Portugal.
Passados alguns dias, a direção de operações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) emitiu uma nota contrariando o conceito do diretor.
No comunicado, é dito que é “expressamente proibido a realização de qualquer atividade/serviços de caráter particular da Direção e/ou servidores, dentro das unidades penais, utilizando-se da mão de obra de internos (gratuita ou paga) ”.
Thomas Portugal questiona o diretor da PED se só ele seria transferido por ter a denúncia proposta investigada.