A retrospectiva do TopMídiaNews traz um caso que não chocou apenas a população campo-grandense, mas que a repercussão avançou para outros estados e tomou dimensão nacional, quando noticiamos, infelizmente, a morte da pequena Sophia Ocampos de Jesus, de 2 anos, em janeiro deste ano.
O padrasto Christian Leitheim Campoçano e a mãe Stephanie de Jesus da Silva foram denunciados como responsáveis e co-responsáveis, respectivamente, pela morta da criança que tinha sinais de violência e um possível estupro.
A prisão dos dois suspeitos, feita pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações) com apoio da Polícia Militar, aconteceu horas após a chegada da criança, naquela fatídica noite do dia 26 de janeiro, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, no qual a equipe médica relatava que a menina deu entrada sem sinais vitais.
Mas a pergunta que pairava naqueles dias sequentes era: como tudo isso aconteceu? A resposta só seria possível por meio dos depoimentos de Christian e Stephanie, porém, o primeiro ficou em silêncio e a mãe tentou achar explicações plausíveis que, naquela oportunidade, escondiam diversos caminhos ocultos.
Esses caminhos, você verá logo mais no texto. Contudo, trazendo um recorte para o âmbito regional, os dias se passaram e o caso começou a ganhar muita repercussão, afinal, era a morte de uma criança e o motivo ainda era um ponto de interrogação. A investigação foi iniciada e soube-se que Sophia tinha ido mais de 30 vezes para uma unidade de saúde e que o pai, Jean Carlos Ocampos, denunciou maus-tratos existentes na filha.
Ministério Público e a repercussão no país
A partir desse momento, o Ministério Público ofereceu a denúncia contra Christian e Stephanie. Muito além do que as pessoas imaginaram, eles foram denunciados por homicídio qualificado e estupro, o que causou um choque na sociedade.
E foi justamente nesse ponto, que a história ganhou contornos de drama e o foco nacional estava voltado para Campo Grande. Trends nas redes sociais, a hashtag 'JustiçaPorSophia', stories de personalidades, movimentos no Instagram.
Solenidades reforçando pela investigação e busca pelas respostas. Audiências para tratar sobre violências contra crianças e adolescentes. Políticos enfatizando a questão de políticas públicas e até a discussão para a criação de um casa de acolhimento contra vítimas de maus-tratos foram vistas ao longo deste ano.
Ao longo deste ano também vimos as audiências de instrução e julgamento serem realizadas com intuito de aprofundar a investigação e encontrar respostas. O caso ganhou ainda mais repercussão com a quebra do sigilo telefônico e visualização das mensagens trocadas entre Stephanie e Christian sobre as 'correções' feitas, mas com agressões, que serviam como agressões, segundo o casal.
O último ato das audiências aconteceu em dezembro. Frente a frente com promotoria, defesa e o juiz, Stephanie e Christian encararam aquela que seria a última oportunidade de revelar os detalhes de tudo que acontecia na residência onde moravam, mas o que foi visto naquela oportunidade, foi apenas um jogo de empurra-empurra entre ambos, que se acusavam de terem maltratado a pequena Sophia.
A morte da criança aconteceu em janeiro e a população viu de tudo e mais um pouco, menos o desfecho dessa história que tem dia e lugar marcado: 12 de março de 2024, o dia do julgamento, no Tribunal do Júri, em Campo Grande.