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Polícia

01/12/2022 13:00

Acusado de assédio, sub da GCM infernizava alunas com elogios 'indiscretos'

Mulheres eram pressionadas a corresponder por medo de reprovação e homens sentiram diferenças em tratamento

Série de prints foram usados por uma aluna do curso de formação da Guarda Civil Metropolitana para denunciar assédio do subcomandante da corporação, em Campo Grande. O suspeito foi afastado das funções. 

Conforme material obtido pelo TopMídiaNews, o superior da vítima curtia várias fotos da jovem nas redes sociais, sempre com elogios incompatíveis com a relação profissional. E também sempre tentava manter um contato casual fora do expediente.

Em um dos trechos do diálogo, ele supostamente finaliza: ''vou deixar a morena bonita descansar'' e ''amanhã terminar de olhar as fotos da morena''.  Em outra parte, o chefe diz que é ''difícil não elogiar a garota'' e ''que princesinha linda''. 

A aluna, por sua vez, era intimidada já que temia ser reprovada se desagradasse o instrutor.

Assédio 

A denúncia envolve o subcomandante da GCM e outros dois guardas, contra as alunas, que se preparam para serem novas agentes civis metropolitanas. Neste caso, apesar da aprovação na prova objetiva, as candidatas são avaliadas e podem ser reprovadas. 

Afastamento 

O subcomandante da GCM foi afastado das funções no dia 28 de novembro. Um procedimento administrativo foi aberto pela Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social e servidores nomeados para a apuração. 

No texto do afastamento, publicado em diário oficial do Município, a secretaria observou que a abertura do procedimento se dá pela ''gravidade do fato''.  Fato estranho é que, na cidade onde a prefeita é mulher (Adriane Lopes), o servidor demorou 12 dias para entregar a arma e ser afastado. A Sesdes divulgou nota sobre o caso em 16 de novembro e o afastamento se deu dia 28. 

Apuração 

No dia 16 de novembro, a Sesdes detalhou que a denúncia chegou por meio de um aluno, que disse estar sendo prejudicado no curso, em detrimento de alunas, que eram alvo de interesse sexual/amoroso dos instrutores. 

Ainda segundo a secretaria, o denunciante diz que um dos suspeitos estaria ‘’pegando leve’’ com uma candidata e prestando favores pessoais. 

O órgão assumiu que havia fortes indícios de cometimento de crime e que não coaduna com a suposta prática de assédio moral ou sexual pelos envolvidos.  

*matéria atualizada às 14h53 do dia 1º de dezembro. 

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