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Polícia

16/02/2018 15:10

PRF que matou empresário quer se livrar de agravantes e julgamento segue sem data

Apelo de Ricardo Moon foi feito ao Tribunal de Justiça, que ainda não analisou o caso

O policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, apelou ao Tribunal de Justiça para excluir as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificulta a defesa da vítima, no processo que responde por ter assassinado o empresário Adriano Correia do Nascimento, em 31 de dezembro de 2016.

Com isso, a data do julgamento do réu fica indefinida, até que o recurso seja julgado pelos desembargadores.

Ainda em setembro de 2017, a defesa do PRF entrou com um recurso em sentido estrito, primeiro pedindo a absolvição sumária do réu, mas também para excluir os agravantes do crime.

Conforme denúncia do Ministério Público, o motivo fútil se deu por conta do crime ser em razão de briga de trânsito. Já o recurso que dificultou a defesa das vítimas, foi pelo fato do policial ter colocado a caminhonete dele, uma Pajero, à frente da Hilux do empresário, impedindo sua locomoção.

A defesa do réu entende que agir em legítima defesa não recai como motivo fútil e que Adriano só foi atingido depois do sexto ou sétimo tiro disparado por Moon, e que neste tempo Adriano avançou com a caminhonete em cima dele.  

O Ministério Público opinou por não reconhecer o recurso do policial. O caso foi entregue ao Tribunal de Justiça no dia 11 de dezembro de 2017. Dias depois veio o recesso forense e, agora no retorno dos trabalhos, ainda não foi analisado pela Corte.

Julgamento

Se permanecer a pronúncia do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, Ricardo Moon será julgado no Tribunal do Júri por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e recurso que dificulta a defesa da vítima, contra Adriano Correia do Nascimento, 31 anos.  

Além disso, recai sobre ele a acusação de homicídio doloso por motivo fútil e recurso que dificulta a defesa da vítima na forma tentada contra Agnaldo Espinosa da Silva e o mesmo crime na forma tentada contra um adolescente de 17 anos.

Júri de Moon segue sem data por conta de recurso

Moon (camisa listrada) diz que agiu em legítima defesa. (Foto: Reprodução Youtube)

O crime

Por volta das 4h30 do dia 31 de dezembro de 2016, o PRF Ricardo Moon, que dirigia uma Pajero, se envolveu em uma briga de trânsito com o empresário Adriano Correia do Nascimento, que seguia em uma caminhonete Hilux, na Avenida Ernesto Geisel.

O empresário e o policial iniciaram uma discussão, quando Moon decidiu acionar a Polícia Militar. Instantes depois, após mais bate boca, o PRF sacou sua pistola .40 e atirou contra os ocupantes do veículo, que além de Adriano, estavam mais dois homens.

O jovem de 17 anos que o acompanhava foi baleado nas pernas. Outro acompanhante no veículo, um supervisor comercial, de 48, quebrou o braço esquerdo e sofreu escoriações com a batida. Ambos foram socorridos conscientes.

O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF.

Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legítima defesa depois de ter visto um objeto escuro que poderia ser uma arma, na mão de uma das vítimas, durante a tentativa de fuga do empresário com caminhonete. Ele também teria sido atingido pela camionete. No interior do do veículo, os investigadores encontraram apenas celulares das vítimas.

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