Agravo regimental que tenta a liberdade do ex-secretário de Obras, Edson Giroto, está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. As informações são do advogado Valeriano Fontoura, que protocolou o documento em 9 de maio, um dia após a prisão do ex-parlamentar em investigação da Operação Lama Asfáltica.
“Estamos aguardando ser pautado pelo ministro Alexandre de Moraes, mas depende do ministro. Giroto está aguardando a decisão do Supremo. Tranquilo ele não está. Quem pode ficar tranquilo preso? Ele está indignado coma prisão injusta”, diz o defensor.
A prisão de Giroto completa um mês nesta sexta-feira (8). Além dele, também estão detidos o empresário João Amorim, o ex-deputado estadual Beto Mariano e o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, cunhado do ex-secretário de Obras. Rachel, esposa de Giroto, Ana Paula e Elza Cristina (filha e sócia de Amorim) e Mariane (filha de Beto Mariano) estão em prisão domiciliar.
A operação da Polícia Federal investigou esquema de corrupção na gestão do governo de André Puccinelli (MDB). Neste período, Giroto era quem comandava a secretaria estadual de Obras e João Amorim o empreiteiro que mais vencia as licitações por obras, principalmente pavimentação de estradas.
Lavagem de dinheiro, superfaturamento de obras e fraudes em licitações, estão entre os delitos supostamente praticados pelo grupo. Puccinelli, para a PF, seria o chefe do esquema. Ele também já foi preso numa das fases da Lama Asfáltica, mas foi solto graças a uma liminar do TRF-3.