Mulher, que não foi identificada, passou dez horas seguidas em um cativeiro, no Jardim Noroeste, até que o carro dela, um Cruze sedan, fosse levado para a Bolívia. O caso ocorreu no dia 2 de novembro e foi esclarecido pelo Batalhão de Choque nesta segunda-feira (4).
Conforme divulgado pelo Choque, a mulher dirigia o veículo na avenida rodoviária, no bairro Coronel Antonino, na noite de sábado. Em dado momento, o carro foi fechado por um Pálio azul, onde estavam quatro suspeitos armados, que a renderam.
Ainda segundo a ocorrência, a vítima foi colocada no banco de trás e levada para um cativeiro, que é uma casa de madeira na Rua Dom João VI, no Jardim Noroeste. A mulher contou que era vigiada por dois homens e que a todo tempo aparecia um motoqueiro para perguntar aos demais ''como estava a coisa''.
A vítima revelou que o local do cárcere fica próximo à Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi (entre a rua Dois irmão e a Rua Corinto), e que em frente havia um terreno baldio com uma placa de ''vende-se''.
A mulher ficou na mão dos criminosos das 23h30 de sábado até às 9h de domingo, quando foi libertada. Ela se lembra que um suspeito moreno, de cabelo escuro/enrolado, forte, e de aproximadamente 40 anos a acompanhou a pé até a BR-163, altura da Uniderp Agrárias, onde ela foi deixada.
Deu errado
A intenção dos criminosos era passar o Cruze até a Bolívia. Porém, na tarde de domingo, a Polícia Rodoviária Federal já havia sido alertada sobre o roubo do carro e conseguiu abordar o motorista e a passageira. Eles foram presos e levados para Corumbá.
No dia seguinte, segunda-feira, conforme já publicado pelo TopMídiaNews, o BPChoque obteve as informações da vítima que levou os militares até a residência onde ela ficou refém. Três homens foram presos na ação e confessaram o crime. O grupo pertence a uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios e o crime encomendado de dentro do presídio.
Os presos na ação foram: Cezar Lima dos Santos, 25 anos, condutor do Cruze em Corumbá, Kemylly Monick Amancio da Conceição, 21 anos, a passageira, Waldemir dos Santos, 21 anos, dono da casa onde era o cativeiro, Márcio Henrique Pedro, 38 anos e Jefferson de Souza Batista, 25 anos. O chefe da quadrilha não foi preso e teve o nome mantido em sigilo.