Presos iniciaram um motim, na manhã desta sexta-feira (22), na Penitenciária de Regime Fechado da Gameleira, em Campo Grande. Parentes dos internos denunciam abusos e agressões.
Conforme a Agência Estadual de Administração do Sistema Prisional, a Agepen, a confusão começou quando um preso foi tirado da cela normal, no Pavilhão 1, para ser levado à cela disciplinar.
Ainda segundo a Agepen, os demais presos começaram a bater nas grades e chegaram a danificar o tanque de roupas do pavilhão. Um policial penal ficou ferido no olho durante o motim.
A alteração dos presos foi controlada com a chegada do Comando de Operações Penitenciárias, o COPE. Os internos envolvidos já foram identificados e serão alvo de sanções cabíveis, diz a Agepen. O pavilhão 1 é onde ficam lideranças da maior e mais violenta facção criminosa do País.
Rigoroso
O presídio fechado da Gameleira foi inaugurado em agosto deste ano, na Saída para Sidrolândia. A unidade é oficialmente reconhecida por um modelo mais rigoroso de segurança. A Agepen diz que até o momento nunca houve registro de uso de celular nessa unidade.
Desde a abertura, houve diversas reclamações de abusos contra a unidade. Nesta sexta-feira, parentes de internos denunciaram, mais uma vez, que os presos sofrem espancamentos, humilhações, comida estragada e jogada no chão para os detentos.
Em nota, a Agepen negou as denúncias.
''A alimentação é fornecida por empresa terceirizada vencedora de licitação e fiscalizada pela administração do presídio, qualquer intercorrência, a Agepen é comunicada e a empresa notificada. Tivemos há um tempo atrás um problema com o feijão, aí passou a ser servido separado''..
''Qualquer denúncia de maus tratos é investigada pela Corregedoria Geral da Agepen, o Ministério Público também realiza apurações quando necessário. Além disso a rotina da unidade é acompanhada pelo Judiciário e Defensoria Pública''.