Gislaine Chevalier Ribeiro de Almeida, de 37 anos, tenta, pela segunda vez, receber a prisão domiciliar para amamentar seu filho, de 1 ano, e responder à acusação de uma tentativa de homicídio, cometido contra um homem, de 38 anos, no dia 26 de outubro do ano passado, na rua 14 de Julho, em Campo Grande.
A defesa apresentou um vídeo em que mostra a criança "sentindo muito a falta de sua mãe e a procura pela casa" - o vídeo foi anexado ao pedido de liberdade, protocolado no dia 11 de janeiro, no último sábado. A advogada ressalta que a ausência de Gislaine no ambiente familiar tem afetado diretamente o bem-estar das crianças.
"A falta de outros parentes ou familiares para assumirem a guarda durante o processo até a instrução final agrava ainda mais a situação, tanto no aspecto psicológico quanto no físico, afetando diretamente o desenvolvimento e o equilíbrio emocional das crianças", diz trecho do documento.
Já o Ministério Público de Mato Grosso do Sul revela que a prisão, feita por meio de mandado de prisão no correr do processo, que tramita em sigilo, com investigação da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e Proteção à Pessoa), foi para garantir a ordem pública.
Em trecho da resposta ao pedido de prisão domiciliar, o MPMS destaca um trecho da decisão do mandado que enfatiza que o "crime teoricamente praticado é extremamente grave e a forma como praticado indica a periculosidade da representada e o descaso desta com a sociedade", e conclui dizendo sobre um possível comando pelo tráfico de drogas.
"Ademais, há indícios de que a investigada comandaria o tráfico de drogas na região do chamado "Bar do Zé Carioca", nesta Capital, o que reforça ainda mais a necessidade de se garantir a ordem pública. Finalmente, de acordo com extrato do SIGO, a representada possui passagens anteriores, o que embasa ainda mais a necessidade de se garantir a ordem pública".
O Ministério Público encerra dizendo que "não há possibilidade de sua substituição por outras medidas cautelares diversas da prisão".