Presa em investigação de racismo, a comerciante Marisa Pereira de Oliveira, 50 anos, declarou à polícia que apenas estava irritada com o entregador, que teria atrapalhado a entrada e saída de veículos da loja, e disse que não queria recebê-lo.
Segundo o boletim de ocorrência, Marisa alega que pediu educadamente para o entregador tirar as mercadorias do caminho e, como ele discutiu, avisou à filha que não queria “esse senhor” dentro do seu comércio.
O caso
Joaquim Azevedo Dagnone, 42 anos, denunciou Marisa por racismo logo após fazer uma entrega numa loja na Avenida Coronel Antonino, em Campo Grande.
Ele contou que descarregou algumas caixas na calçada para separar a mercadoria do local quando a mulher chegou chutando os objetos e mandando Joaquim guardar tudo.
Segundo ele, Marisa teria afirmado: “quem manda aqui sou eu, você vai fazer o serviço do jeito que eu quiser e na minha loja você não entra, seu preto”.
Policiais que faziam rondas na região foram acionados e os dois levados para a delegacia, juntamente com uma testemunha que corroborou com o relato de Joaquim.
Marisa foi presa e passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (16).