Homem de 27 anos foi preso no bairro Los Angeles, em Campo Grande, após ser flagrado por um policial civil dando um tapa no rosto de uma mulher de 34 anos, que está grávida de um mês. O caso aconteceu na manhã deste domingo (16), na Rua Manoel Pereira de Souza.

De acordo com o boletim de ocorrência, o policial, que estava na rua no momento da agressão, deu ordem de parada ao casal, mas o homem não teria acatado e teria começado a se exaltar. O agente, então, acionou apoio da Polícia Militar, que chegou ao local e tentou realizar a abordagem.

O suspeito, porém, continuou alterado, afirmando que não seria preso por "policiaizinhos vagabundos", que era "cadeieiro acostumado" e que "cadeia não o abalaria". Para contê-lo, os policiais utilizaram spray de pimenta e o algemaram.

No entanto, mesmo detido, ele continuou agressivo. Durante o transporte na viatura, ele chutou e quebrou a lateral interna do compartimento de presos. O casal foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Na delegacia, a mulher negou ter sido agredida ou ameaçada pelo companheiro e afirmou que a situação foi um mal-entendido. Segundo ela, estavam voltando da padaria quando brincou com o companheiro, dando-lhe um tapa nas costas, por ainda estar com fome, mas não poder comer já que ele queria comprar um cigarro.

Com raiva, ela teria dito a ele que chamaria a polícia. Neste momento, ele teria colocado a mão sobre boca dela, relata a mulher. Ao ver a cena, ela conta que o policial, sem se identificar, se aproximou e apontou uma arma para o esposo dela, acionando a Polícia Militar.

Ainda na delegacia, a mulher disse que não queria ter sido levada ao local, negou a existência de crime e afirmou que deseja continuar morando com o companheiro. Além disso, se recusou a registrar boletim de ocorrência contra ele e a aceitar apoio da Casa da Mulher Brasileira.

Como não há medida protetiva vigente entre o casal e a vítima negou qualquer agressão, a polícia não registrou o caso como violência doméstica. Mesmo assim, o homem foi autuado por resistência, desobediência, desacato e dano ao patrimônio público e o caso foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) - Cepol.