Wesley Belino dos Santos, 19 anos, foi preso por falsificar certificados escolares na noite desta terça-feira (15), em batida policial na Rua Angela Abdulahad, Jardim Paradiso, em Campo Grande.
Ele foi identificado por uma das vítimas, que realizou a denúncia para a polícia. Segundo o boletim de ocorrência, um rapaz chegou até Wesley através de anúncio no Facebook postado por um perfil fake chamado Ana Clara Benites.
No texto, o golpista anunciava: “histórico reconhecido pelo MEC 100% confiável. Fundamental e médio 400$ só faz o pagamento quando receber. Médio 350$ só faz o pagamento quando receber. É aceito na faculdade, trabalho e concurso. Fornecemos o seu certificado sem você estudar, você vai estar comprando seus estudos. documentos necessários... O certificado fica pronto em três dias após a entrega dos documentos”.
A vítima enviou uma mensagem dizendo que teria interesse no certificado e começou a negociação pelo WhatsApp. Nas mensagens, Wesley se identificou como Vitor e alegou que era tudo dentro da lei e devidamente reconhecido pelos órgãos responsáveis. A vítima fechou o negócio e passou os dados para confecção do documento.
Após três dias, Wesley foi até a residência da vítima entregar o documento e recebeu os R$ 400. No dia seguinte, a vítima ligou na Escola Zélia Quevedo Chaves para confirmar a veracidade do documento, quando verificou que os nomes constantes nos carimbos eram realmente de pessoas que trabalhavam na escola, porém foi informado que não tinha documento dele no sistema e que ele não teria histórico escolar.
A vítima então entrou em contato com Wesley novamente e foi bloqueada no aplicativo WhatsApp.
Ao descobrir a fraude, a vítima procurou a polícia e contou que a sua cunhada também estava negociando o próprio documento. A polícia então montou uma emboscada e prendeu Wesley na casa dele com o documento falso em mãos.
Em buscas na residência, a equipe ainda achou mais quatro documentos falsos, sendo dois em nome do próprio autor e os outros em nome de Luiz Fernando Guimarães Pontes Ribeiro e Sabrina Goes Pontes. Também foram encontrados três carimbos, sendo um da Escola Estadual Zelia Quevedo Chaves, um do diretor da unidade e outro de uma secretária do local.
Wesley informou que fazia os documentos a mais de um ano e que começou comprando um em seu nome e imitou o cara que vendeu para ele, inclusive utilizando o mesmo codinome (Vitor). Disse ainda que anunciava por essa conta do Facebook falsa descrita pela vítima.
Ele foi preso e encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.