Cinco pais de alunos já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) de Campo Grande, acompanhados dos filhos, e outros quatro devem prestar depoimento.
As crianças relataram sofrer puxões de cabelo e estupros na escola Mon Petit, no bairro Santa Fé, em Campo Grande
Uma mãe disse que descobriu os abusos, quando a filha chupou o dedo dela. Após a denúncia, a professora acusada de estuprar a menina foi afastada da escola.
Ela e a diretora já foram intimadas para prestar depoimento.
Denúncia de estupro
A mãe disse que levou um tremendo susto quando viu a pequena chupar o dedo dela.
''Em março, ela chupou o meu dedo de forma sensual, maliciosa e eu assustei'', contou a mulher. Ela questionou a garota, que revelou ser a professora que fazia isso. A mãe chegou a insistir para saber se não foi o avô ou o próprio pai, mas a menina garantiu que era a professora.
Abalada, a mulher perguntou para a criança, sobre o que mais a docente fazia nela.
''Ele enfiou o dedo lá no fundo da boca'', relatou a mãe, que chorou ao narrar a história.
A genitora disse que a filha chupou o dedo dela novamente. Ao ser perguntada sobre isso, a pequena contou que era no recreio que a professora chupava o dedo dela e depois dava o dela para a vítima chupar.
A certeza sobre os abusos, veio quando a mulher encontrou outra mãe de aluna, da mesma sala da filha dela.
Ao narrar o comportamento estranho da filha para a outra mãe, ouviu que ela estava vivendo a mesma situação.
''Sua filha está sendo abusada e isso está acontecendo com a minha'', disse uma mãe para a outra.
As duas crianças teriam relatado às mães sentirem dores da vagina.
A mãe, que fez a primeira denúncia, levou a menina ao ginecologista. Na consulta, a médica informou que o hímen não estava rompido, mas não significava que não houve abuso.
A criança teve outras mudanças de comportamento, sendo que só quer ficar perto da mãe e chora.
''Não queria tomar banho, não deixava por a mão na perereca dela. Reclamava de dor na vagina'', disse a mãe, aos prantos.
''Gostaria que isso fosse uma mentira. Eu estou me sentindo muito mal, não sei o que fazer'', completou.
A mãe de uma menina de 3 anos, procurou a Polícia Civil no dia 9 deste mês e deu relato semelhante.