Pastor de 53 anos, investigado por estuprar fiéis, fez ao menos quatro vítimas, segundo a investigação da Polícia Civil, realizado pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Dourados (MS).
Conforme a DAM, ele escolhia determinadas mulheres para praticar relação sexual, sob alegação de que Deus havia determinado a passagem do varão, que seria feita pela troca de energia vital, a qual exigia a penetração, com fins de cura espiritual.
A investigação começou no início de agosto, a partir de denúncias que diziam que o pastor usava da figura de líder espiritual para ludibriar frequentadoras da igreja e praticar atos libidinosos como beijo na boca (“selinho”), toques pelo corpo, inclusive seios, e até convencer as mulheres a praticar relação sexual.
A partir de então, foi realizada a oitiva de diversas pessoas vinculadas à igreja em Dourados, entre vítimas, obreiros e membros. A DAM identificou quatro vítimas, três delas com idade entre 20 e 22 anos e uma de 40 anos.
Conforme os relatos das vítimas e de testemunhas, o pastor realizava momentos de oração durante madrugadas e em montes/templo em construção e, nestes momentos, passava a falar em línguas estranhas, em tom alto, e, então, praticava os atos libidinosos.
Uma das vítimas consentiu as relações sexuais e outra impediu o ato enquanto o pastor tentava tirar sua blusa. As testemunhas narraram que, desde o início do ano de 2024, membros passaram a reclamar destas situações invasivas/abusivas e, inclusive, estavam deixando de frequentar a igreja por essa razão, visto que, além de mulheres muito jovens, estas eram casadas.
Obreiros pediram que o líder parasse tocar em mulheres nos momentos de oração e não ficasse a sós com outra mulher, tendo em vista a escandalização do templo, mas não aconteceu.
O pastor foi preso pela Guarda Municipal no dia 15 de agosto e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados. Ele será indiciado por violação sexual mediante fraude.
O advogado de defesa, à polícia civil, afirmou que o cliente não se manifestaria em fase de inquérito policial, motivo pelo qual não foi interrogado.