A equipe de investigação da Polícia Civil de Corumbá já identificou pelo menos três indivíduos suspeitos de envolvimento no assassinato de Gerson Surubi Arteaga, de 24 anos. Um deles, de 28 anos, está preso, mas por evasão do sistema prisional.
"Pelo que apuramos, ele não estava no local no momento da execução, mas foi partícipe, que é quando a pessoa instiga, auxilia ou induz à prática do crime. Ele ainda está na condição de suspeito, mas foi detido pela evasão do semiaberto", explicou o delegado titular do 1º DP, Sam Ricardo Suzumura.
Os outros dois identificados já são considerados foragidos e a Polícia ainda apura o envolvimento de mais pessoas no crime, que teria sido motivado por acerto de contas entre facções criminosas. Já foi aberto inquérito policial de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima).
A execução
O corpo decapitado de Gerson Arteaga foi encontrado no final da manhã de sábado, 02 de fevereiro, em um morro, área de difícil acesso, localizado no final da rua Alan Kardec, esquina com a Duque de Caxias, no bairro Aeroporto, em Corumbá. A cabeça da vítima estava a alguns metros do corpo.
Um vídeo que circulou nos grupos de WhatsApp e no Facebook mostrou que pelo menos quatro pessoas participaram da execução, em plena luz do dia. Um dos assassinos, inclusive, tem uma tornozeleira eletrônica, usada quando presos são beneficiados pelo regime semiaberto, mas com monitoramento.
No vídeo, que revelou os requintes de crueldade dos criminosos encapuzados, Gerson aparece amordaçado e com as mãos amarradas para trás. Depois da gravação das imagens, também surgiu nas redes sociais um áudio, que seria do "julgamento" de Gerson Arteaga, que não tinha passagem policial. No entanto, pessoas próximas revelaram que ele estaria envolvido com "gente suspeita".
A Polícia Civil segue com as investigações.