A Polícia Civil encontrou na última terça-feira (18) uma pistola no quarto de um dos filhos da deputa federal Flordelis (PSD-RJ), em Pendotiba, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O calibre da arma encontrada sugere que esta pode ter sido usada no assassinato de Anderson do Carmo, no último domingo (16).
O armamento estava em cima do armário do filho biológico da deputada, preso na segunda-feira (14) durante o enterro de Anderson, preso por violência doméstica. A arma foi levada pela Polícia Civil à DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo) para perícia. Peritos fizeram disparos para comparar com as capsulas encontradas na garagem da casa da família.
Segundo informações da Record TV Rio, um dos filhos adotivos de Flordelis assumiu a execução de Anderson. O jovem teria assassinado o pai a mando do irmão, o qual a arma foi encontrada em seu quarto. Entretanto, a assessoria da deputada desmentiu a versão e declarou que o rapaz de 18 anos, com passagens por instituições de internação, não confessou o crime em seu depoimento.
“O filho dela garantiu a ela que não fez essa confissão. Tinham testemunhas presentes, a advogada estava junto. Ela também indagou a polícia que disse que não houve nenhuma confissão”, disse o assessor da deputada, Jackson Vasconcelos.
Por meio de nota, Flordelis anunciou que não dará mais entrevistas à mídia sobre o caso e revelou que “lamenta as especulações que a cada momento a imprensa faz sobre e pede que se aguarde o fim das investigações”. Durante a visita da Polícia Civil e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) à casa onde ocorreu o assassinato, os agentes também apreenderam todos os celulares dos filhos maiores de idade da deputada federal. Apenas o celular de Anderson não foi encontado.
Uma das hipóteses para o assassinato seria vingança por um relacionamento extraconjugal do pastor, que levou um terço dos 30 tiros na região da virilha. O aparelho de Anderson seria essencial para recuperar o registro de conversas da vítima com a família e terceiros.
Na noite da última terça-feira (18), dois filhos de Flordelis prestaram depoimento na DHNSG. A Polícia Civil descartou a hipótese de que os cachorros da família tenham sido dopados após exames toxicológicos não confirmarem a suposição.