A Polícia Civil está mobilizada a fim de prender João Pedro da Silva Mirada Jorge,23, estudante de medicina suspeito de assassinar a advogada Carolina Albuquerque Machado,24, em acidente de trânsito, na madrugada do dia 2, em Campo Grande.

Na mesma madrugada do acidente, a polícia encontrou o endereço do pai, mas João não estava lá. Agentes e investigadores tentam localizar o jovem em diversos pontos da cidade. Nesta sexta-feira (3), a Justiça aceitou o pedido de prisão do rapaz e o mandado já foi expedido. 

O delegado Enilton Zalla, que registrou a ocorrência na Depac Centro, ainda está com o caso, pois o feriado de finados foi emendado. Desta forma, o registro só vai para a 3ª DP, na segunda-feira.

Zalla não quis dar detalhes sobre as buscas, pois o caso está em sigilo. Mas confirmou que até o momento o suspeito não se entregou. Também não houve manifestação da defesa dele para agendar horário de apresentação ou qualquer outra informação.

Tragédia

A colisão entre a caminhonete Nissan Frontier e o WV Fox, ocupado por Carolina, ocorreu no cruzamento das avenidas Paulo Coelho Machado e Afonso Pena, por volta de meia noite e meia.

Segundo testemunhas, o Fox da advogada saída de uma das pistas da Afonso Pena, sentido Parque dos Poderes e iria entrar na Paulo Coelho Machado, quando foi atingido na lateral pela caminhonete.

O Batalhão de Trânsito estimou a velocidade da caminhonete de João Pedro em 160 km/h. A alta velocidade é justificada pela polícia, já que o carro da vítima parou a 110 metros do ponto da batida.

Carolina ficou gravemente ferida e foi socorrida até o hospital, onde morreu. No banco de trás, estava o filho dela, de apenas 3 anos, que estava preso à cadeirinha e sofreu fratura na clavícula. Ele não corre risco de morte.

A Frontier de João Pedro, que estava acompanhado do irmão, João Victor, tombou e caiu no canteiro da avenida Afonso Pena. Os dois foram retirados do veículo com a ajuda de populares. Em seguida, orientado por telefone, João Pedro fugiu do local.

O pai e o irmão do suspeito foram até a Depac prestar depoimento, mas disseram não saber onde o parente estava.

O pai da advogada, Lázaro Machado, se diz revoltado com a violência no trânsito, principalmente pelo fato do causador do acidente não ter socorrido a filha e o neto, e pela possibilidade de estar embriagado.