A Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu liberdade provisória aos policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, de 41 anos, e Cabo Bruno César Malheiros dos Santos, de 33 anos, enquanto prosseguem as investigações sobre o homicídio do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o “Dinho Vital”.
A decisão foi assinada na tarde desta terça-feira (19), pela juíza Kelly Gaspar Duarte, da 1ª Vara da Comarca de Anastácio, com a ressalva de que qualquer descumprimento das medidas impostas poderá levar à revogação da liberdade.
Segundo o site A Princesinha News, os advogados de defesa, Lucas Arguelho Rocha e Luciano Albuquerque Silva, destacaram a confiança na Justiça, argumentando que a detenção dos militares não era indispensável para o andamento do processo. Eles reafirmaram que apresentarão provas que sustentem a inocência dos acusados.
Polêmicas sobre o caso
A morte de Wander Alves Meleiro, ocorrida durante as festividades de aniversário de Anastácio em 8 de maio, gerou repercussão significativa na cidade. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a vítima teria sido atingida por disparos de arma de fogo após um desentendimento que envolveu também o ex-prefeito Douglas Melo Figueiredo.
Por outro lado, a defesa dos policiais contesta os laudos apresentados pela acusação, alegando que há inconsistências e que o MPE teria realizado uma investigação unilateral.
O caso ganhou ainda mais complexidade com a inclusão de Douglas Figueiredo na investigação, acusado de ser o mandante do crime. O ex-prefeito, que liderava as pesquisas para as próximas eleições municipais, afirma que as acusações são uma tentativa de prejudicar sua imagem e inviabilizar sua candidatura.
Figueiredo foi alvo de operação do Gaeco, que encontrou armamentos em sua residência, resultando em sua prisão temporária. Apesar de ser liberado após pagar fiança, ele segue no centro das investigações.
Enquanto isso, a comunidade de Anastácio acompanha com atenção os desdobramentos do caso, que tem dividido opiniões e levantado discussões sobre segurança, política e justiça. A decisão judicial de liberar provisoriamente os policiais reacendeu o debate sobre a condução do processo e os direitos dos acusados.