Bruno da Rocha, condenado pelo assassinato do militar da reserva do Exército Paulo Setterval, teve sua pena aumentada após a família da vítima recorrer na Justiça.
A pena de 14 anos foi alterada para 16 anos e 6 meses de reclusão por homicídio qualificado.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (13).
A decisão foi baseada no comportamento de Bruno, que teria cometido o crime após brigar com a esposa e o cunhado, mostrando assim um histórico violento. Além disso, ele cumpria pena por tráfico de drogas.
A defesa de Bruno pode recorrer da decisão.
O crime
Paulo e a família estavam a passeio em Bonito quando ele decidiu sair para a frente do hotel e fumar um cigarro.
Bruno passava de bicicleta e o abordou, pedindo um cigarro.
Ao ter o pedido recusado, o criminoso seguiu com a bicicleta por alguns metros e voltou a pé.
Ainda segundo o processo, ele atacou Setterval por trás com uma facada no tórax e fugiu.
Segundo a investigação, horas antes do crime, Bruno brigou com a ex-mulher e tentou atacá-la.
No entanto, foi contido e apanhou do ex-cunhado. Ainda segundo o Ministério Público, ele deixou o local, pegou uma faca e voltou para a casa da ex. Porém, a Polícia Militar estava no local e ele correu.
Na sequência do depoimento, Bruno disse que voltou para a casa da mãe dele, pegou mais duas facas e saiu à procura do ex-cunhado, quando abordou o militar.
Ele alegou que já estava transtornado pela briga com a ex-mulher e que ficou mais nervoso porque Paulo, ao negar o cigarro, teria lhe chamado de ‘’trombadinha’’.
Na denúncia, Bruno da Rocha confessa que chegou por trás do militar e disse: ‘’olha aqui o trombadinha’’.
Ele acrescentou que não teve intenção de matar, até porque usava uma faca de serra. Depois do crime ele queimou as roupas que usava na ocasião do assassinato e se escondeu em um matagal.
Bruno foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil (cigarro) e por dificultar a reação da vítima, ao atacá-la por trás e sorrateiramente.