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Polícia

13/05/2021 13:00

Justiça amplia tempo na prisão de pintor que matou major em Bonito

Pintor diz que matou por ser chamado de ‘trombadinha’

Bruno da Rocha, condenado pelo assassinato do militar da reserva do Exército Paulo Setterval, teve sua pena aumentada após a família da vítima recorrer na Justiça. 

A pena de 14 anos foi alterada para 16 anos e 6 meses de reclusão por homicídio qualificado.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (13). 

A decisão foi baseada no comportamento de Bruno, que teria cometido o crime após brigar com a esposa e o cunhado, mostrando assim um histórico violento. Além disso, ele cumpria pena por tráfico de drogas. 

A defesa de Bruno pode recorrer da decisão. 

O crime

Paulo e a família estavam a passeio em Bonito quando ele decidiu sair para a frente do hotel e fumar um cigarro. 

Bruno passava de bicicleta e o abordou, pedindo um cigarro. 

Ao ter o pedido recusado, o criminoso seguiu com a bicicleta por alguns metros e voltou a pé. 

Ainda segundo o processo, ele atacou Setterval por trás com uma facada no tórax e fugiu. 

Segundo a investigação, horas antes do crime, Bruno brigou com a ex-mulher e tentou atacá-la.

No entanto, foi contido e apanhou do ex-cunhado. Ainda segundo o Ministério Público, ele deixou o local, pegou uma faca e voltou para a casa da ex. Porém, a Polícia Militar estava no local e ele correu. 

Na sequência do depoimento, Bruno disse que voltou para a casa da mãe dele, pegou mais duas facas e saiu à procura do ex-cunhado, quando abordou o militar. 

Ele alegou que já estava transtornado pela briga com a ex-mulher e que ficou mais nervoso porque Paulo, ao negar o cigarro, teria lhe chamado de ‘’trombadinha’’.

Na denúncia, Bruno da Rocha confessa que chegou por trás do militar e disse: ‘’olha aqui o trombadinha’’.

Ele acrescentou que não teve intenção de matar, até porque usava uma faca de serra. Depois do crime ele queimou as roupas que usava na ocasião do assassinato e se escondeu em um matagal. 

Bruno foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil (cigarro) e por dificultar a reação da vítima, ao atacá-la por trás e sorrateiramente.  

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