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Polícia

06/09/2018 15:10

PCC vira facção dominante e MS registra redução de mortes entre bandidos

Mato Grosso do Sul aparece abaixo da média nacional; liderança da facção contribui para índice

O PCC (Primeiro Comando da Capital), que acaba de completar 25 anos, consolidou a presença e hegemonia em Mato Grosso do Sul. Essa dominância da facção é apontada como um dos fatores da redução na taxa de homicídios no Estado, que está bem abaixo da média nacional.

De acordo com o autor do livro Irmãos - Uma história do PCC (Companhia das Letras), a média nacional é de 30,2 mortes por 100.000 habitantes e Mato Grosso do Sul aparece no ranking com média 20,8.

O problema entre as facções ganhou destaque no ano de 2016, quando a aliança entre o Primeiro Comando da Capital, o maior e mais organizado grupo, de São Paulo, e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro foi nacionalmente quebrada. O problema gerou uma série rebeliões e massacres em presídios, além de violência nas ruas.

Em Mato Grosso do Sul, o PCC já possui mais de mil ‘batizados’ que atuam no comando do tráfico de drogas. O Estado já é o quinto no ranking de membros da quadrilha. O ‘batismo’ do PCC funciona como um acordo de fidelidade entre o criminoso e a facção, em que ele assume o compromisso de cumprir as ordens do grupo e, em troca, pode obter uma série de benefícios, como compra de drogas a prazo, proteção nos presídios e, em alguns casos, até comida especial na cadeia.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério Público paulista estima que o PCC tenha 16.195 integrantes fora do estado de origem, sendo 1.096 em Mato Grosso do Sul. Em São Paulo são 8.534 integrantes, 2.426 no Paraná, 2.403 no Ceará e 1.263 em Alagoas. Os números só são pequenos em regiões que o CV domina, como o Rio de Janeiro com 83 integrantes.

O cálculo é realizado de acordo com controle do próprio PCC, já que  facção criminosa exige contribuições mensais dos integrantes, destinadas tanto para o aumento do poderio do grupo quanto para a ajuda das famílias de presos da facção.

Nos locais em que a facção é predominante, ou seja, não está em conflito direto com o CV, os índices de morte são reduzidos. 

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