Uma criança, de 9 anos, confessou para a mãe, nesta quarta-feira (30), em Campo Grande, que vem sendo estuprada pelo padrasto há algum tempo.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, tudo começou quando o pai da vítima flagrou a menina conversando com um homem através de um aplicativo de mensagens, em que ele pedia que ela enviasse fotos nuas.
Dessa forma, a menina enviou duas fotos vestindo apenas calcinha e sutiã, e pediu para que o suspeito enviasse fotos dos órgãos genitais dele.
Ao ver as conversas, o pai ficou enfurecido e espancou a menina com uma mangueira, deixando hematomas na região da perna e braço direito, além das nádegas da criança.
Posteriormente, a vítima foi para a casa da mãe, que é casada com um homem de 31 anos. Lá, a menina contou que o padrasto a estuprou algumas vezes, desde que moraram em outra cidade de MS.
Dessa forma, a menina foi encaminhada para a UPA Universitário, onde a Polícia também foi acionada e teve ciência sobre o caso.
Quando questionada, a mulher disse que convive com o suspeito há mais de oito anos e que descobriu que a filha acessava sites pornôs.
Ao perguntar para a criança sobre o ocorrido, a pequena relatou o caso de suposto estupro envolvendo o marido dela.
Entretanto, na unidade de saúde, a menina não pôde passar por exames, pois os médicos não eram habilitados para atestar tal fato.
Assim, todos foram encaminhados à DEPCA (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente), onde há profissionais preparados para lidar com a situação da melhor forma.
O estupro
Ao passar pelo atendimento, a menina disse que o último estupro aconteceu no dia 14 de novembro, quando a mãe saiu para se depilar e a deixou sob responsabilidade do suspeito.
Sozinhos em casa, ela afirmou que o homem passou a mão pelas partes íntimas dela e consumou o estupro. Ela relatou, ainda, que tudo começou quando a família foi morar no interior do Estado, mas que continuou quando voltaram para Campo Grande.
Porém, a mãe alega que as datas apresentadas pela filha não coincidem com as situações apresentadas por ela.
Passado todo o ocorrido, a mulher decidiu passar a guarda da filha para a avó paterna da criança, além de ter solicitado medidas protetivas contra o suspeito, que nega todas as acusações.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável e seguirá sob investigação policial.