Gerente administrativo de 29 anos denunciou, nesta quinta-feira (6), a escola onde a filha de 4 anos estuda, após a menina supostamente sofrer racismo por parte da professora, na Vila Nasser, em Campo Grande.
Segundo o boletim de ocorrência, a menina chegou em casa na hora do almoço pedindo aos pais que arrancassem seu cabelo e colocasse um liso no lugar.
Conforme relato do pai, a menina contou que a professora disse que seu cabelo era feio por ser enrolado e deveria ser liso e a cor da pele não podia ser preta e sim branca.
Diante da denúncia, a criança passou por atendimento no setor psicossocial, que confirmou os fatos narrados em um primeiro momento.
A delegacia investiga o caso.
A reportagem entrou em contato com a Semed sobre o caso. Em resposta, a secretaria informa que a informação foi apurada pela direção da escola e não procede.
"Na ocasião, a coordenadora da escola estava no pátio onde a aula ocorria e nada do que foi relatado pelos pais da aluna, foi presenciado. A direção procurou os pais da aluna no primeiro momento para ouvi-los, mas eles não foram localizados. Na manhã de hoje, sexta-feira (7), o pai compareceu na unidade escolar, sendo ouvido pela direção escolar, que por sua vez, já prontificou uma psicóloga da Rede Municipal de Ensino para os devidos acompanhamentos à aluna, professora, família e todos os envolvidos", diz trecho da nota.
A Secretaria reforça ainda que existe a DAE (Divisão de Acompanhamento Escolar), setor que realiza palestras frequentes sobre bullying e discriminação em todas as escolas municipais para alunos, professores e equipe técnico-pedagógica. A pasta também oferece suporte psicossocial para alunos, famílias e profissionais da escola que necessitem de apoio.
*Matéria alterada às 9h49 de segunda-feira, 10 de junho, para acréscimo da nota da Semed