A Operação Omertá, que mirou suspeitos de comandarem e integrarem uma milícia em Campo Grande, prendeu 19 pessoas até o momento. Força-tarefa que contou com o Garras, Gaeco, Polícia Federal, Bope e Choque, também apreendeu 160 mil reais em dinheiro e até celulares descartáveis, conhecidos como ''bombinhas''.
O balanço da operação foi feito no final da tarde desta sexta-feira (27), pelo Ministério Público. Entre os presos estão os empresários Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho, policiais civis, militares, um agente da PF e guardas municipais.
Alguns deles, diz o MPE, estavam de posse de armas de fogo, munição, aparelhos celulares ''bombinhas'', computadores, documentos e aproximadamente R$ 160 mil.
Presos pela Omertá foram levados para a sede do Gaeco. (Foto: Nathália Pelzl)
Investigação
As investigações do GAECO começaram em abril deste ano e foram instauradas para apoiar outra apuração, que estava a cargo do Garras. A Polícia Civil investigava três assassinatos, que agora são atribuídos a essa milícia, sendo que os mortos foram Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier.
Em maio deste ano, GAECO e Garras conseguiram prender o guarda municipal Marcelo Rios e dois colegas dele, no dia 19, de posse de um arsenal - 2 fuzis AK 47, 4 fuzis 556, 11 pistolas 9 mm, dentre outros - em uma residência no bairro Monte Líbano. Nesta apreensão houve participação do BPChoque.
Operação “Omertá”
É um termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do sul da Itália. Fundamenta-se num forte sentido de família e em um voto de silêncio que impede cooperar com autoridades policiais ou judiciárias, seja em direta relação pessoal como quando fatos envolvem terceiros.