O Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) amanheceu na porta de um escritório de advocacia de Campo Grande nesta segunda-feira (19). O braço armado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul investiga suposto direcionamento em licitações da Secretaria de Estado de Educação.
A operação de hoje, batizada de “Clean” (limpeza em inglês), que tem como foco a apuração da suposta prática dos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção e associação criminosa, no bojo do Pregão nº 145/2017, realizado no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, para a aquisição de materiais de limpeza para fornecimento à rede estadual de ensino.
A investigação é conduzida pela 30ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital. Ao todo, seis mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Uma das equipes esteve no escritório de advocacia (foto), localizado no bairro Tiradentes.
A ação contou com apoio do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pela 30ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Campo Grande, Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPMS) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC).
(Policiais amanheceram em escritório / foto: Willian Leite)
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal de Campo Grande e tiveram como alvos as empresas vencedoras do pregão, seus proprietários e respectivo procurador, além de servidor público que, à época, era encarregado do termo de referência para a deflagração do procedimento licitatório.
Os contratos para o fornecimento dos produtos foram assinados em 2018.
Os materiais apreendidos, dentre eles, celulares, notebooks e documentos, serão analisados pela Promotoria de Justiça responsável pela investigação.