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há 3 horas

Mulher revela detalhes de assédio sofrido por fotógrafo em Campo Grande (vídeo)

"Dói pensar, hoje, como mãe, um dia uma pessoa fazendo isso com minha filha", disse a nutricionista

A nutricionista Juliana Rodrigues, de 33 anos, foi uma das vítimas de assédio sexual sofrido por um fotógrafo renomado em Campo Grande. O caso dela, no entanto, aconteceu há 13 anos, mas ela resolveu contar a história toda quando uma jovem foi abusada e levou o caso para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em outubro deste ano.

Para o TopMídiaNews, a mulher revelou que o caso aconteceu durante um ensaio fotográfico e o acusado teria passado a mão em seus seios e nas partes íntimas, no episódio que aconteceu em 2011. A nutricionista revelou que naquela época tinha pouco conhecimento do que era assédio e estupro.

O principal ponto elencado por Juliana para revelar tudo o que aconteceu é referente ao episódio sofrido com a jovem e também pensar como mãe, evitando que isso aconteça com a filha.

"O que me motivou tanto é que hoje eu sou mãe, não gostaria que isso acontecesse com minha filha, tem que se posicionar, tem que parar de ter medo. A vítima parece mais culpada que o abusador", disse a nutricionista.

Referente a abusos, a mulher revelou que esse foi o segundo sofrido, com o primeiro tendo sido ainda na infância, e esse com fotógrafo foi o segundo sofrido durante a vida.

"Meu pai foi jogar bola e eu fui com ele, fiquei no canto da quadra e acabou. Tinha um cara lá, o cara acabou. A sorte também, que meu pai chegou, o cara me pegou no colo, passou a mão e eu tenho. E engraçado que eu era muito pequena, mas eu tenho aquela sensação até hoje", disse. Ela completou sobre o segundo, após comentar ter passado por um período de terapia. 

"Dessa vez eu já era mais adulta, já tinha feito terapia para tratar esse primeiro abuso, então soube lidar de uma forma melhor. Esse primeiro abuso, tipo, quando eu era criança, é engraçado que fui ter coragem de, depois da terapia, eu já era adulta, já tava na faculdade já, tive até uns 18 anos, e depois que aconteceu esse fato com ele, a gente tem, vem muito forte aquela sensação. Quando eu vi as matérias, eu voltei lá naquele dia, eu revivi aquilo que passei. E dói pensar, hoje, como mãe, um dia uma pessoa fazendo isso com minha filha".

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