Elisângela Arce Corrêa, de 44 anos, morta a facadas na madrugada deste domingo (29) no Jardim Los Angeles, em Campo Grande, também sofreu um ataque com pedradas, que deixou seu rosto desfigurado. Segundo relatos de vizinhos, ele foi atingida violentamente na cabeça, tendo a cabeça esmagada.

Para os vizinhos que acompanharam a movimentação após o assassinato, a morte, na verdade, não era para a mulher e sim ao companheiro dela. Apesar de não ter detalhes sobre a motivação do crime, os vizinhos desconfiam em acerto de contas por dívida de drogas.

Segundo os moradores, o companheiro de Elisangela é bastante conhecido na região, mas apesar de ser uma boa pessoa, é usuário de drogas. "Ele não é envolvido com facção, mas é usuário. Não acredito que a morte era para ela e sim para ele", disse uma moradora.

Ainda segundo a vizinha que preferiu não ser identificada, Elisangela era boa pessoa e mulher trabalhadora. A vítima não morava na residência com o companheiro, mas sempre estava ali aos finais de semana.

"Ela sempre vinha acompanhada da filha de 10 anos, desta vez ela veio sozinha, foi livramento para a criança", comenta a mulher.

Agressividade

Ainda segundo relato dos vizinhos ao TopMídiaNews, os gritos e pedidos de socorro vindos da casa do casal começaram por volta de 2h.

A Elisangela gritou "socorro, polícia, alguém me ajuda". Minutos depois o companheiro saiu pedindo socorro em uma casa da esquina, onde caiu ensanguentado e contou que o casal foi esfaqueado por um homem conhecido da região.

"Ele contou que a esposa já estava morta e que o suspeito fugiu na companhia de um comparsa", detalha a moradora.

Segundo o boletim de ocorrência, Elisangela teve perfurações de faca nos braços, uma no queixo, quatro nas costas e três no tórax. Na ocorrência não há detalhes sobre ferimentos a pedrada, mas vizinhos disseram que antes de fugir os criminosos atingiram a cabeça dela com pedradas.

O marido, socorrido pelo Corpo de Bombeiros, foi esfaqueado 13 vezes, com perfurações que atingiram suas costas e tórax, e precisou de um dreno de tórax bilateral devido à gravidade dos ferimentos. Apesar do estado delicado, ele está consciente e orientado, internado no hospital.

A Polícia Civil e perícia estiveram no local. O caso foi registrado e segue sendo investigado. A Polícia Militar fez rondas pela região para encontrar o suspeito e foi até a casa dele, mas não o encontrou. O comparsa foi identificado e localizado pela polícia e foi levado para delegacia.