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Polícia

27/01/2022 16:00

Mulher é torturada até a morte pelo marido na frente do filho no Caiobá

Feminicídio aconteceu nesta terça-feira e a vítima foi encontrada com vários ferimentos pelo corpo, pancadas na cabeça e sinais estrangulamento

Francielle Guimarães Alcântara, 36 anos, morreu após ficar quase um mês sendo torturada pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, no Portal Caiobá, em Campo Grande. O corpo da vítima foi encontrado na última terça-feira (25).

O caso chocou não apenas os médicos legistas, mas também quem esteve investigando. A mulher foi encontrada com vários ferimentos pelo corpo, perfurações, pancadas na cabeça, ferimentos nas nádegas e tudo isso acontecia na frente dos seus filhos, de 1 ano e 8 meses e 17 anos.

A tortura teria começado no dia 1° de janeiro e, segundo informações apuradas pelo TopMídiaNews, o principal motivo é que o marido teria descoberto uma traição, justamente envolvendo o filho menor que seria fruto de um relacionamento extraconjugal.

Ainda de acordo com o apurado, ela teria confirmado essa 'traição', o que teria causado ira e revolta do marido, que a manteve em cárcere privado, dando assim início ao processo de tortura até a morte.

Devido ao sofrimento e fortes agressões que sofria, Francielle não resistiu e morreu no dia 25 de janeiro. Inicialmente, a morte foi relacionada a um estrangulamento por corda.

Segundo afirmação do delegado Camilo Kettenhuber, da 6° Delegacia de Polícia, para onde o caso foi designado, até médicos legistas ficaram assustados com tamanha brutalidade de Adailton.

"Nunca peguei algo tão impactante na vida profissional", disse Camilo para a reportagem.

No local do crime, o delegado explicou que encontrou um pedaço de madeira com marcas de sangue, entregue a um laboratório para ver se o sangue é compatível com o da vítima. No entanto, existe a suspeita de que vários instrumentos teriam sido utilizados na tortura, como um objeto que dava choque.

Adailton está foragido por enquanto, mas a polícia segue levantando informações, câmeras de segurança que podem ter registrado a fuga do torturador.

O caso, apesar de ter sido investigado pela 6° DP, foi encaminhado para a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), por se tratar de um feminicídio.

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