No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, Mato Grosso do Sul contempla um percentual expressivo e preocupante no que diz respeito ao aumento no quadro de casos com vítimas do sexo masculino em comparação ao ano passado e neste ano.
De acordo com os registros feitos pelas unidades de saúde no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), houve um aumento de 180% nos casos das vítimas referente ao sexo masculino de 0 a 11 anos. Os dados são do Governo do Estado.
Com cinco casos registrados no ano passado, o número quase triplicou e chegou a ser vistos 14 crimes contra crianças neste ano. O registro também saltou de 2 para 3 quando falamos de casos entre adolescentes de 12 a 18 anos, um aumento de 50%.
A deputada federal Rose Modesto divulgou nas suas redes sociais o agravamento dos crimes causados no Estado. Na sua publicação, ela pediu atenção aos números e consequentemente destacou que o Brasil ocupa a 11° colocação no ranking de exploração sexual.
Ainda em Mato Grosso do Sul, as vítimas do sexo feminino são os principais alvos dos exploradores, mas ganharam um pouco de redução no seus casos, conforme dados divulgados. De 52 casos notificados no ano passado, este ano caiu para 46 os casos de crianças de 0 a 11 anos, o que representa queda de 11%.
Porém, os números regridem mais quando o assunto entra na faixa etária de 12 a 18 anos. De 83 casos que foram registrados no ano passado, o ano atual apresenta 44 denúncias, uma queda de 47%.
Operação Araceli
A Operação “Araceli”, deflagrada para cumprir 27 mandados de prisão nesta terça-feira (27), culminou com a prisão de 30 pessoas por praticarem crimes contra crianças e adolescentes em Campo Grande.
A ação foi realizada no bairro Santa Emília, Tarumã, Moreninhas, Jardim Noroeste, Jardim Inápolis, Zé Pereira, Aero Rancho, Parque do Sol, Jardim Centenário e Jardim Canguru. Dos 27 procurados, 20 foram localizados. Outras dez pessoas foram presas antes da operação.
De acordo com o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, da 69ª Promotoria de Justiça, a maioria dos suspeitos tem grau de parentesco com as vítimas.
