O motorista de aplicativo Adriano da Silva Vieira, 38 anos, preso estupro, tinha um modo peculiar de agir, em Campo Grande: depois de abusar das vítimas, as deixava em casa, como se nada tivesse acontecido. Em um dos casos, destacou que "não quis nem cobrar a corrida".
Foram três as vítimas do criminoso, pelo menos as que a Polícia Civil investiga. Uma tem 27 anos, outra 28 e uma terceira 54 anos, todas mulheres.
No caso da vítima de 27 anos, ela chamou um aplicativo no dia 31 de maio, para pegá-la no Jardim Batistão. Logo que embarcou, o motorista a levou para o macroanel, entre as saídas de Sidrolândia e Aquidauana.
Ainda segundo a vítima, o suspeito parou o carro, dizendo que iria ''usar algo''. Crendo que a passageira iria tirar foto, tomou o celular dela. A mulher então constatou que era pasta base de cocaína. Ele parou na entrada de três fazendas, onde ficou por cerca de 25 minutos em cada uma, local onde cometeu os crimes.
No detalhe da ocorrência, consta que Adriano tirou o pênis para fora e se masturbou. Também ordenou que a mulher o masturbasse. Em seguida, a levou para casa, a deixando cerca de duas quadras da casa dela. Devolveu o celular, declarou que não ia "cobrar a corrida" e pediu que ela não falasse nada.
Mais vítima
O outro caso de abuso é igualmente horripilante. Uma mulher de 54 anos chamou uma corrida, no dia 29 de maio, em frente à UPA Universitário. O primeiro fato estranho é que veio outro carro, diferente do que estava no sistema. Ele argumentou que havia trocado de veículo, mas a plataforma ainda não tinha atualizado o sistema.
Minutos depois do embarque, o agressor mudou a rota, alegando que iria entregar um objeto a uma pessoa. Segundos depois, parou em uma rua, próximo à rotatória de uma grande fabricante de refrigerantes, e anunciou o abuso.
''Eu não quero dinheiro, só quero você'', bradou Vieira.
Ele passou para o banco de trás, onde mostrou o pênis e exigiu que ela a tocasse. Ela foi obrigada a dizer que ele era gostoso e que queria transar com ele.
O detalhe curioso é que ele só encerrou os abusos porque houve movimentação de pessoas no depósito da empresa de refrigerantes. Ele então a levou para casa.
Como a vítima estava em choque, ele a abriu a porta para ela e ainda ajudou a mulher a descer e entrar em casa.
A terceira e a mais recente vítima que a polícia investiga, só não teve o mesmo destino, pois ela pulou pela janela do carro, em movimento. Esse fato ocorreu no dia 6 de junho, com uma passageira de 28 anos.
Adriano negou os crimes. Ele está preso temporariamente por 30 dias.