Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 33 anos, deve continuar enfrentando a Justiça de Mato Grosso do Sul pelo caso de homicídio no trânsito, que vitimou o motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, em março deste ano, em Campo Grande. Isso porque a tentativa de acordo para não responder criminalmente não foi concluída.
O Ministério Público, através do Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, deixou de oferecer a proposta de acordo de não persecução penal, dessa forma, deixando que o processo corra normalmente na justiça como vinha acontecendo.
"Verifica-se, portanto, que a conduta do denunciado, consistente em praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor por inobservância de dever objetivo de cuidado, especialmente consubstanciado pelo excesso de velocidade, afasta o interesse ministerial na solução penal pactuada prevista no artigo 28-A, do Código de Processo Penal, eis que, repisa-se, o instituto se revela insuficiente para a reprovação e prevenção do delito, especialmente por conta da gravidade do injusto e culpabilidade".
Vale ressaltar também que o Ministério Público, pediu que seja pago um valor de R$ 500 mil a título de danos morais e materiais para a família de Hudson, além dele responder pelo crime de homicídio culposo.
Em setembro deste ano, a defesa de Arthur Navarro recorreu ao próprio MPE numa tentativa de acordo, elencando diversos fatores para que pudesse haver a celebração do acordo de não persecução penal.