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Polícia

06/11/2019 17:18

Morte de universitária em baile funk foi 'série de erros' e poderia ser evitada, diz delegada

Houve consumo de drogas e entrada de menores, diz polícia

A morte da estudante de direito, Luana Farias de Oliveira, 20 anos, em um baile funk, na madrugada de sábado (2), no bairro Universitário, em Campo Grande foi uma ''sequência de erros''. A afirmação é da delegada Célia Bezerra da Silva, que apontou falta de seguranças, uso de drogas e até quantidade de frequentadores acima da capacidade do local.

O caso foi investigado até o momento pela 4ª Delegacia de Polícia, nas Moreninhas. A delegada titular acredita o salão da Associação de Bairros Guaicurus, onde ocorreu  a festa Triplo X, tinha ao menos 250 pessoas.

Célia esclareceu que um adolescente de 15 anos, o principal suspeito pelo crime, estava na festa, acompanhado de amigos  e duas jovens. Em dado momento, um amigo dele viu a ex-namorada com outro rapaz e começou uma briga. Os dois trocaram socos e a vítima passou a ser agredida por outros acompanhantes do adolescente.

O rapaz agredido se desvencilhou e correu em meio ao público, na mesma direção que estava Luana. O menor o perseguiu e quebrou uma garrafa de vodka no rapaz.

''O impacto da garrafada foi tão forte que atingiu a Luana, que sofreu vários cortes, sendo que o fatal foi no pescoço, em um corte de 2x2 centímetros que atingiu a carótida'', declarou Célia Bezerra da Silva. A acadêmica sofreu um choque hipovolêmico, que é uma grande perda de sangue em pouco tempo.

Cacos atingiram a carótida da vítima. (Foto: Wesley Ortiz)

O namorado de Luana estava perto dela quando os estilhaços a atingiram, mas, devido ao som alto, achou que se tratava de um desmaio por queda de pressão ou um mal estar. Ele a socorreu até a UPA Universitário, mas ela já chegou morta. O amigo do adolescente passou na hora do socorro à Luana e o namorado pensou que fosse ele o agressor. Ele deu um soco no rapaz, que acabou quebrando um dente dele.

A Polícia Civil apurou que só havia um segurança para fazer a revista pessoal dos frequentadores e que não conferia a idade deles . Também não havia alvará de funcionamento e foi relatado consumo indiscriminado de drogas, inclusive por menores.

''Essa morte poderia ser evitada se fossem obedecidos as normas de segurança'', avalia Célia Maria. Os organizadores da festa serão intimados a prestar esclarecimentos.

Como o suspeito é adolescente, o caso será levado para a Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude, a Deaij. A delegada disse que não pode pedir a apreensão do menor, pois esta é de competência da delegacia especializada.

 

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