Um morador da Asa Sul foi preso por suspeita de ter jogado a mulher da janela do apartamento, no início da noite de segunda-feira (7). Carla Graziele Rodrigues Zandoná, de 37 anos, despencou do terceiro andar e caiu no gramado. Ela foi levada ainda com vida para o Hospital de Base, mas não resistiu até chegar lá.
O marido, Jonas Zandoná, de 44 anos, foi levado à delegacia com sinal de embriaguez. Ele resistiu à prisão e declarou não se lembrar de nada.
Feminicídio
Uma vizinha, que é bombeira, passava pelo local no momento da queda e prestou os primeiros socorros. O Corpo de Bombeiros foi acionado em seguida.
Segundo o sargento Sérgio Pereira, da Polícia Militar, ela apresentava um corte profundo no pescoço. Outro fato que chamou a atenção foi a forma como ela caiu. “Foi encontrada de costas ao chão”, o que descartaria a hipótese de suicídio, declarou.
Carla Graziele Rodrigues Zandoná, morreu ao cair de apartamento (Foto: Reprodução/TV Globo)
Por isso, o caso é investigado como feminicídio. Vizinhos afirmam que, minutos antes da queda, o casal estava brigando e que discussões do tipo eram constantes.
“Inclusive já com histórico de ocorrência registrada na delegacia por enquadramento na Lei Maria da Penha por agressão tanto dela para com ele quanto dele para com ela”, continuou o sargento Pereira.
Entrada forçada
Para entrar no apartamento da 415 Sul e prender Jonas Zandoná, os policiais precisaram arrombar a porta porque ele se negou a abrir.
“Quando nós entramos, estava com uma faca na mão. Ordenamos que ele largasse a faca por três vezes. Na terceira, ele largou a faca, fizemos a imobilização e o colocamos sentado no sofá. Aí fomos indaga-lo o que tinha acontecido”, afirmou Pereira.
O apartamento passou por perícia. Câmeras de segurança podem ajudar nas investigações. O dono do apartamento é um homem de 75 anos. Policiais relataram que ele, Jonas e Carla mantinham um relacionamento amoroso e os três moravam juntos. O idoso estava em casa durante a briga do casal, mas como tem problema de audição, supostamente não ouviu nada.