O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça de Pilar, ofereceu denúncia à Justiça em desfavor do ex-policial militar Severino Lira dos Santos, acusado de estuprar uma menor de 13 anos. O ex-PM responderá também por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
A ação penal foi ajuizada pelo promotor de Justiça Silvio Azevedo Sampaio, que disse existir provas suficientes para demonstrar a autoria das práticas criminosas. Segundo a denúncia, o estupro de vulnerável ocorreu no dia 20 de janeiro deste ano, quando Severino ofereceu carona a menor, em uma estrada do povoado Camurupim, zona rural de Pilar, Alagoas. Segundo a petição, quando a adolescente recusou a carona, ele apontou um revólver e forçou a vítima a entrar no carro que dirigia.
Com a vítima dentro do carro e fazendo ameaças, Severino Lira dos Santos foi até a cidade de Santa Luzia do Norte, comprou bebida alcoólica em um bar, voltou ao município de Pilar, comprou mais bebida alcoólica e forçou a menor a beber com ele dentro do veículo. Após isso, ele retornou ao povoado de Camurupim e em um matagal, estuprou a menina.
“A garota tentou resistir e isto fica bastante evidente pelas marcas de lesões e violência sexual sofridas e que só cessaram quando se aproximou uma motocicleta. Após o ato, Severino Lira deixou sua vítima em casa e fez ameaças para que ela não revelasse o ocorrido. Entretanto, ao chegar em casa a menina bastante ferida comunicou a sua mãe, que procurou a polícia”, disse o promotor.
O representante do Ministério Público relatou ainda que as lesões foram tantas e tão grave que a menor teve que ser hospitalizada. “Ela apresentava marcas nas costas, e segundo relatos, estava com a genitália bastante machucada, e ainda apresentava dificuldades para andar”, completou.
Ainda de acordo com a denúncia, no outro dia do crime o carro do acusado foi encontrado pela polícia e ele foi reconhecido pela vítima como o autor do estupro. Ao fazer buscas na residência de Severino Lira dos Santos, policiais encontraram um revólver calibre 38 e algumas munições. “A autoria e a materialidade dos crimes estão bem evidentes nas provas que compõem o inquérito policial e ainda temos as provas testemunhais”, afirmou o promotor.