A menina de Jundiaí, São Paulo, que teve um filho do cunhado aos 11 anos, após estupro tentou esconder os sinais da gravidez dizendo à família que "estava em fase de crescimento", segundo a irmã. O homem de 39 anos teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi preso pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
De acordo com a parente, que terá a identidade preservada para não identificar a criança, ela morava apenas com o marido e o filho, na época com 3 anos. A irmã ficava sob os cuidados da mãe e fazia visitas frequentes. Com o passar do tempo, a menina pediu para morar na casa da irmã. Como as residências eram perto uma da outra, a família, por ora, havia aprovado. Aos poucos, os problemas começaram a surgir.
"Percebi mudanças no comportamento dela, como vômitos e falta de ar. Notei que ela engordou e minhas outras irmãs também, mas ela [menina] alegava fase de crescimento", diz. Nos meses seguintes, a mãe da criança mudou-se e levou a menina com ela. No entanto, a garota afirmou à irmã que estava namorando um adolescente mais velho. As duas então compraram um teste, que confirmou a gravidez aos 11 anos. Atualmente ela tem 12 anos.
Durante o acompanhamento médico a vítima não dizia quem era o pai do bebê. Já quase perto do parto que a menina revelou à psicóloga que o pai seria o marido da irmã. O rapaz negou a versão para a esposa, mas confessou à polícia meses depois. "Estão dizendo que eu acobertei tudo, mas eu nem sonhava que estava passando por isso. Estou entre a cruz e a espada", lamenta a irmã da vítima e esposa do suspeito.
Prisão
Investigadores da DDM e guardas municipais o prenderam depois que a Justiça aceitou o pedido de prisão. Ele foi localizado no Jardim Novo Horizonte, na segunda-feira (11). A menina, hoje com 12 anos, já teve o filho, que está com aproximadamente oito meses de vida.
De acordo com a delegada Renata Yumi Ono, o servente de pedreiro foi detido em casa. A vítima está em um abrigo. Já o filho dela é assistido por equipe médica e está sob os cuidados do Conselho Tutelar. O caso foi registrado como estupro de vulnerável e o servente pode pegar até 15 anos de prisão.