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Polícia

há 6 anos

Marcelo Piloto usou faca de sobremesa para matar jovem em cadeia no Paraguai

De acordo com agentes paraguaios, a arma foi obtida por Piloto no refeitório do presídio

A Polícia Nacional do Paraguai descobriu que a arma usada por Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, para matar a jovem argentina Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi uma faca de sobremesa. O crime, segundo as autoridades do país vizinho, foi cometido dentro da cela onde o traficante estava preso, na Agrupación Especializada, uma instalação militar transformada em cadeia na capital do país vizinho. De acordo com agentes paraguaios, a arma foi obtida por Piloto no refeitório do presídio.

O crime será investigado pelo Ministério Público do Paraguai, mas o caso será julgado no Brasil, conforme afirmou Irene Álvarez, promotora responsável pela investigação numa coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira.

Burgos foi morta com 16 facadas. A polícia paraguaia investiga, agora, se Piloto teve ajuda de outros presos para comer o crime. A jovem visitava o traficante pela segunda vez, para um encontro a sós na cela marcado através de um celular usado pelo preso. Antes de ser esfaqueada, Burgos desmaiou, segundo o relato de policiais paraguaios. Ela foi encontrada ensanguentada na cela.

Segundo o ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, antes de chamar Burgos, Piloto havia entrado em contato com outra mulher, mas desistiu “porque não tinha dinheiro”.

"No sábado, Marcelo Piloto, através de um aplicativo para chamar as meninas, chamou uma mulher para o dia seguinte, de manhã. Ela acordou por volta das 9h, não tenho a hora exata, e pegou um táxi", contou o ministro, que afirmou ainda que no caminho a mulher recebeu uma nova mensagem do traficante cancelando o enconcontro “por falta de dinheiro”.

Após o crime, o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez decidiu expulsar Piloto do país vizinho. O traficante foi entregue à Polícia Federal brasileira no início da manhã desta segunda-feira e já está no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

O traficante do Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte do Rio, iniciou a vida no crime com roubos de veículos. Ele fugiu para o Paraguai no fim de 2012, após a ocupação da Favela de Manguinhos pelas forças de segurança para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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